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Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Delação de Mauro Cid é devastadora; ex-presidente aposta na falta de provas

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Nas livrarias há um farto material que ajuda a entender os métodos usados no governo Bolsonaro para aprofundar o autoritarismo e as circunstâncias, muitas das quais continuam a existir, que quase permitiram a destruição da democracia brasileira. Análises de Bruno Paes Manso sobre as milícias; de Fabio Victor sobre a ascensão do militarismo; na conjuntura internacional, ensaios de Adam Przeworski sobre o populismo de extrema direita. São três dicas, há outras; em todas recomenda-se ao leitor sensível que tape o nariz em certos trechos.

Nenhum livro é tão devastador quanto a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Com a perspectiva de quem estava dentro das entranhas da besta, o faz-tudo de Bolsonaro nos dá um rascunho da bíblia do caos. Não só da disfuncionalidade instalada em Brasília como daquela que poderia advir com a reeleição ou o golpe em cima de Lula.

Mauro Cid é o Heródoto do bolsonarismo. Em seu depoimento à PF, ele implica o ex-presidente na fraude em cartões de vacina contra Covid; no caso das joias sauditas trazidas ilegalmente para o Brasil e depois contrabandeadas em aviões da FAB para negociação nos EUA; no plano do golpe de Estado incentivado pela ex-primeira-dama e o filho 03, que envolveria as Forças Armadas, com decreto para impedir a posse do presidente eleito, a prisão de autoridades —entre as quais o ministro Alexandre, do STF— e a realização de novo pleito, sabe-se lá com que urnas.

Apostando na falta de provas, Bolsonaro mudou a estratégia de defesa. Antes, o ajudante de ordens era "um bom garoto". Hoje é um mentiroso, capaz de dizer qualquer coisa para salvar a pele.

Cid ainda detalhou o funcionamento do gabinete do ódio, responsável pela disseminação de notícias falsas. No país que mais utiliza o WhatsApp e em que a direita domina as redes sociais, a existência de tal gabinete é uma tempestade perfeita de mentiras.

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