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Jornalista especializada em comunicação pública e vice-presidente de gestão e parcerias da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública)

O grande vencedor das eleições 2022

Sob uma saraivada ininterrupta de mentiras, mais uma vez o sistema eletrônico deu show de eficácia

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Quem tem 50 anos ou mais deve lembrar da espera cansativa e angustiante para saber o resultado das eleições no Brasil até a implantação do sistema eletrônico de votação. Pode-se dizer que antes de 1996 a fraude era uma marca registrada do nosso processo eleitoral, no qual faltava lisura em diversas etapas.

Quando o voto era em cédulas de papel, não raro ocorriam falcatruas na preparação das urnas, no transporte dos dispositivos, durante a votação e, por fim, no escrutínio manual dos resultados, segundo dados do TSE.

Urnas são montadas para as eleições na Escola Classe 411 Norte, em Brasília - Gabriela Biló - 1º.out.2022/Folhapress

A variedade de embustes abrangia "urnas prenhes ou grávidas", que chegavam às seções eleitorais já recheadas; uso de "votos de estoque", com o preenchimento de cédulas da reserva de segurança; e a participação do chamado "eleitor fósforo", que "riscava" várias urnas, ou seja, votava em mais de uma seção.

A trapaça mais engenhosa era conhecida como "voto formiguinha", no qual o eleitor guardava a cédula que recebia do mesário e depositava na urna uma outra, preenchida por um terceiro. Quando saía da seção, dava a cédula oficial em branco ao "aliciador", que a preenchia conforme sua preferência e entregava para outro eleitor depositar na urna. O processo era repetido sucessivamente, em prejuízo da desejada soberania do voto popular.

Por essas e outras que o grande vencedor das eleições gerais de 2022 foi o processo eletrônico de votação. Sob uma saraivada ininterrupta de mentiras e ataques infundados, mais uma vez o sistema deu show de eficiência e eficácia. Dezesseis missões de observação eleitoral (oito internacionais e oito nacionais) atestaram sua higidez. O Ministério da Defesa procurou, mas não encontrou nada de desabonador.

No dia 30 de outubro, o país e o mundo souberam o nome do próximo presidente da República Federativa do Brasil menos de quatro horas após o final da votação! O resto é fake news ou puro devaneio de uma turma de memória fraca ou talvez saudosa de um tempo que felizmente ficou para trás.

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