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Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Descrição de chapéu Datafolha

Bolsonaro joga para reduzir rejeição e retomar voto no 2º turno

Medidas desesperadas buscam amenizar desconforto e pavimentar retorno do eleitor de 2018

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Jair Bolsonaro nunca foi o nome favorito dos brasileiros mais pobres. Em 2018, só 35% dos eleitores de baixa renda declaravam voto no capitão às vésperas do segundo turno. Seus quase quatro anos de governo aprofundaram o distanciamento: agora, só 25% deles dizem apoiar Bolsonaro num embate direto com Lula.

As últimas manobras da campanha do presidente têm o objetivo de recuperar o voto perdido. Aliados de Bolsonaro acreditam que será possível dar um conforto mínimo a eleitores que estiveram com ele há quatro anos, mas sentiram com força os maus tempos da economia.

Medidas desesperadas como o drible na lei para aumentar o Auxílio Brasil seguem esse plano. Ainda que os pagamentos não façam o presidente disparar, o objetivo é pavimentar o retorno de alguns eleitores mais pobres ao campo bolsonarista. Se recuperar os votos que recebeu em 2018 nesse segmento, ele poderá ter um ganho de cinco pontos percentuais no segundo turno.

O impulso não seria suficiente para tirar a vantagem de Lula, mas é uma condição para manter o presidente vivo. Dos 55% de votos válidos que Bolsonaro teve no segundo turno da última disputa, 16 pontos vieram de eleitores de baixa renda. Mesmo que recupere apoio em outras faixas, ele não terá chances de repetir a vitória sem os mais pobres.

O principal desafio da campanha de Bolsonaro é diminuir a rejeição nesse grupo. Segundo o Datafolha, 60% dos eleitores de baixa renda dizem não votar nele de jeito nenhum.

Bolsonaro não tem chance de virar o jogo na camada de baixa renda, mas o segmento é hoje um grande problema para sua campanha. Essa fatia representa mais da metade do eleitorado e aderiu em massa ao maior adversário do presidente.

O Planalto enxerga um contingente de eleitores pobres que votaram em Bolsonaro em 2018 porque tinham alguma afinidade com ele ou rejeitavam o PT. A ideia é amenizar a reprovação ao governo para resgatar esse sentimento numa eventual briga com Lula no segundo turno.

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