Siga a folha

Paraense, jornalista e escritora. É autora de "Tragédia em Mariana - A História do Maior Desastre Ambiental do Brasil". Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense.

Bolsonaro e a campanha do terror

O plano da extrema direita é, e sempre foi, a banalização da brutalidade

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, entrou no mapa do terrorismo e da violência política. Um criminoso, com ordem de prisão expedida pela Justiça, resistiu e atirou contra agentes do Estado, ferindo dois deles.

É muito claro o roteiro da insanidade, traçado para desafiar as autoridades e inflamar extremistas. Enquanto Roberto Jefferson, o bandido, atiçava cães raivosos, montado sobre arsenal de guerra, o jornalista Rogério de Paula era agredido e hospitalizado.

Com o bandido decidido a se entregar, deu-se conversa amistosa entre ele e o policial encarregado de prendê-lo, quase a pedir desculpas pelo incômodo. O policial ainda fez pilhéria dos colegas feridos horas atrás pelo bandido. "São burocráticos, (...) não são operacionais", disse, entre sorrisos.

Apenas imagine como o policial agiria se tivesse que prender alguém na favela (seja ou não criminoso) e não na mansão de Levy Gasparian. No mesmo dia, no Rio Grande do Norte, um motociclista atacou a tiros manifestação de apoio a Lula com a presença da governadora Fátima Bezerra.

A violência como método é cenário anunciado há meses por Bolsonaro, o candidato com histórico terrorista. Nos anos 1980, respondeu a processo por planejar atentados a bomba em unidades militares como forma de pressão por aumento de salário.

Um recuo na linha do tempo posiciona Bolsonaro como herdeiro direto de uma facção terrorista nas Forças Armadas brasileiras. Um de seus expoentes foi um golpista celerado, o brigadeiro João Paulo Burnier, autor do plano de explodir o gasômetro e matar 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, em 1968. Na mesma galeria de terroristas fardados, estão os envolvidos no atentado do Riocentro, em 1981.

O plano da extrema direita é, e sempre foi, a banalização da brutalidade e da truculência, o banho de sangue. A explosão de violência abre as portas para o imprevisível na última semana de campanha.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas