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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Pazuello povoou ministério com militares e inovou metendo paisano na administração

'Parceiro de missão' do general-ministro, 'Cascavel' não é médico, nem servidor público

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O general Eduardo Pazuello povoou o Ministério da Saúde com militares. Direito dele. A repórter Camila Mattoso revelou que ele está inovando os métodos de gestão pública. O empresário Airton Soligo, ex-deputado federal por Roraima, é conhecido como "Cascavel". Ele se intitulou "parceiro de missão" do general, assumiu poderes de facilitador no ministério. Reuniu-se com governadores e tratou de assuntos oficiais com secretários de Saúde.

"Cascavel" não é médico, nem servidor público.

Para quem acha que militares levam critérios de racionalidade e disciplina para a administração civil, a memória ensina que jamais na história das Forças Armadas um paisano meteu-se na administração de um quartel. Na burocracia civil, quando um transeunte se mete na administração, isso é sinal de que algo de ruim pode acontecer.

Onde fica a saída?

As Forças Armadas levaram 25 anos para se afastarem da administração civil. De uma hora para outra, o capitão e alguns generais levaram-nas de novo para o meio de redemoinho.

Começou-se a pensar como sair dessa.

Vera Lynn

Militares da ativa ou da reserva podem ter uns momentos de alegria nostálgica ouvindo a voz de Vera Lynn, a favorita dos combatentes ingleses durante a Segunda Guerra. Ela morreu, aos 103 anos.

No ano do seu centenário saiu um álbum das melhores canções, com nova orquestração.

Filha de um operário com uma costureira, sua voz deu às tropas um estímulo só comparável à do primeiro-ministro Winston Churchill, até porque o rei George 6º era gago.

Eremildo, o idiota

Eremildo é um idiota, come alho cru com cloroquina e acha que se instalou um clima de histeria diante de uma gripezinha.

Com governadores e prefeitos aliviando o isolamento, um milhão de casos de Covid e mais de 40 mil mortos, ele acredita que os doutores interpretaram mal uma conversa que teve com um amigo.

O cidadão contou ao cretino que tinha um raro distúrbio urinário. Às dez horas de Greenwich, estivesse onde estivesse, urinava-se. Foi a cinco médicos, inclusive três urologistas, e nada, Eremildo aconselhou-o:

— Acho que você deve procurar um psicanalista.

Passaram-se algumas semanas e o cretino encontrou o amigo.

— E aí? Como vai aquele seu problema?

— Resolvido. Fui ao psicanalista, são dez e quinze, estou todo molhado, mas estou feliz.

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