Siga a folha

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Quem discute futuro de Trump deve lembrar de sentença sobre fim da carreira de Hitler

Após milícia tentar golpe em 1923, Robert Murphy ouviu sobre fim político de nazista, e deu no que deu

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Para quem discute o futuro de Donald Trump:

Em novembro de 1923 a milícia nazista tentou um golpe de Estado a partir de uma cervejaria de Munique. Robert Murphy era um jovem diplomata americano baseado em Berlim e saiu em busca de informações.

Foi ao núncio apostólico e ouviu dele uma sentença: acabou a carreira política de Adolf Hitler. Deu no que deu.

Em 1945 ele reencontrou o núncio Eugenio Pacelli, que àquela altura atendia pelo nome de Pio 12. Cobrou-lhe a previsão e ouviu:

“Você está falando da infalibilidade do papa, mas naquela época eu era um simples monsenhor.”

A morte de um patrono

Morreu o bilionário americano Sheldon Adelson, de 87 anos, uma das pessoas mais ricas do mundo, com US$ 35,1 bilhões.

Dono de resorts com cassinos em Las Vegas, Macau e Singapura, ele financiava o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, Donald Trump e iniciativas de direita pelo mundo afora. Adelson contou que pretendia gastar US$ 100 milhões para derrotar Barack Obama.

Ele deixou rastro na campanha eleitoral brasileira de 2018. Veio em seu avião, hospedou-se no Copacabana Palace e encontrou-se com o candidato Jair Bolsonaro, que estava acompanhado pelo “Posto Ipiranga”, Paulo Guedes. Ambos chegaram à suíte do magnata entrando pela cozinha do hotel.

Um eco do que conversaram ressoou no ano passado, quando Guedes defendeu a abertura de grandes cassinos durante a tétrica reunião ministerial de abril.

Naquele encontro, Bolsonaro garantiu a Adelson que transferiria a embaixada brasileira para Jerusalém.

Filho de um taxista, Adelson ralou cada dólar que ganhou e viveu na defesa intransigente de sua herança familiar. Em 1988, já bilionário, visitou Israel calçando um velho par de sapatos. Eram de seu pai, um descendente de judeus da Lituânia, que não viveu para visitar Israel.

Leia mais textos da coluna de Elio Gaspari deste domingo (17):

O xaveco do Chavismo bolsonariano

Bolsonaro falava em fluxo de hermanos; agora, brasileiros gostariam de ir para a Argentina

Brandão, do Banco do Brasil, fez carreira na banca privada e comprou 'Risco Bolsonaro'

General Pazuello recorreu a humor da caserna, que quase sempre ironiza a ignorância

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas