Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
Vale e BHP transformaram em dívida o que gastaram nas indenizações pelo desastre de Mariana
Dívida da Samarco passou de R$ 27 bilhões para R$ 50 bilhões
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A Samarco, empresa responsável pelo desastre de Mariana, onde morreram 19 pessoas em 2015, pediu recuperação judicial.
O então diretor jurídico da Vale, acionista da empresa, notabilizou-se por dizer que "a Samarco não é um botequim, não é uma empresinha qualquer".
Pode ter sido assim, pode ter sido assim, mas três dias antes do pedido de recuperação judicial da Samarco, sua dívida passou de R$ 27 bilhões para R$ 50 bilhões.
O espeto engordou porque a Vale e a empresa anglo-australiana BHP transformaram em dívida da Samarco o dinheiro que gastaram no pagamento das indenizações devidas pelo desastre de Mariana.
Num botequim qualquer, isso poderia acabar em tiros.
Madame Natasha
Madame Natasha é uma miliciana do idioma e percebeu que surgiu uma novidade. É o "lixão clandestino", denominação dada aos terrenos onde as milícias jogam detritos que o Estado não coleta.
Já se falou em "loteamentos clandestinos" e em "transportes clandestinos". O que a senhora não entende é como essas clandestinidades não são percebidas. Elas são apenas ilegais.
Frito
Bolsonaro pode repetir a cada dia que Ricardo Salles é um excelente ministro, mas, pelo andar da carruagem do inquérito do favorecimento das madeireiras, ele está frito.
Ramos e Alcolumbre
Se o general da reserva Luiz Eduardo Ramos deixar a chefia da Casa Civil, seu substituto poderá ser o senador Davi Alcolumbre. Pelo menos essa é a esperança de muitos parlamentares da base do governo.
Quando Alcolumbre surgiu como candidato a presidente do Senado, muita gente dizia que ele não tinha tamanho para derrotar Renan Calheiros.
Escolha para Doria
João Doria é candidato a presidente e tomou mais uma pancada no PSDB. Ele tem dois caminhos.
No primeiro, passa a tratar seriamente as restrições que sofre no tucanato. Há um ano ele menosprezava referências a esse obstáculo.
No segundo, continua na pose negacionista. Com ela, caso seja eleito, arrisca ficar parecido com o antecessor.
Lula e Perón
Começou a temporada de caça ao Terceiro Nome, capaz de quebrar a polarização Lula x Bolsonaro.
A ver, mas o andar de cima brasileiro está na mesma armadilha em que caíram aqueles argentinos que pensam ser ingleses.
Tendo defenestrado Juan Perón em 1955 com a ajuda dos militares, passaram 18 anos procurando uma alternativa. Em 1973 Perón voltou à Casa Rosada.
Se o Terceiro Nome não aparecer, no ano que vem poderá ser fechado um círculo:
Lula e o comissariado petista contribuíram a gerar Jair Bolsonaro, que, por sua vez, ajudou a gerar Lula.
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