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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Os militares e as urnas

O Ministério da Defesa, que falou quando não devia, calou-se quando devia falar

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O Planalto colocou os comandantes militares numa posição girafa ao insinuar que as suspeitas de Jair Bolsonaro contra as urnas eletrônicas tinham respaldo, o que é duvidoso.

Veio o primeiro turno e, salvo um bolsonarista que teve 3.000 votos e diz que lhe roubaram outros 400 mil, ninguém duvidou do processo de armazenamento e totalização dos resultados.

Policiais observam urna eletrônica montada para o 1º turno - Gabriela Biló - 1º.set.22/Folhapress

O Ministério da Defesa, que falou quando não devia, calou-se quando devia falar.

Vale o ensinamento do presidente americano Calvin Coolidge: Quem fica calado nunca precisa voltar atrás.

Malta viu antes

Está nas livrarias "Otávio Malta Jornalismo de Combate", organizado por seu filho Dácio. Reúne 22 breves artigos de Malta. A capa diz tudo, mostrando o teclado de uma máquina de escrever Lettera 82, fabricada pela Olivetti. Fala de um tempo que passou, como o das caravelas. Todos os jornais onde Malta trabalhou acabaram-se e ele morreu em 1984, aos 82 anos.

Cronista político desde os anos 20 do século passado, ele foi definido por Paulo Francis, seu colega na redação da Última Hora: "Um polemista de esquerda e uma doce criatura." Ele batia duro, mas só para cima.

Quando a ditadura resolveu ajoelhar a Última Hora, Malta passou a escrever com o pseudônimo de Manoel Bispo.

Previa-se que em dez anos "um cérebro eletrônico irá editar os jornais". Em 1964 os computadores eram chamados de "cérebros eletrônicos".

Malta previu: "Os jornais estarão revolucionados pela pressão do cérebro eletrônico. Então, a polícia não perseguirá mais o redator, que usou a liberdade de imprensa para defender uma reivindicação, ou um direito, ou uma ideia. Perseguirá uma máquina: o cérebro eletrônico."

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