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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Descrição de chapéu Congresso Nacional

O veneno tem um nome: reeleição

Congresso pode criar emenda para acabar com anomalia política

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, expôs o veneno que debilita a política nacional:

- Eu indago, o instituto da reeleição no Poder Executivo fez bem ao Brasil? A minha percepção é de que não foi bom para o país. Quando se coloca no colégio de líderes, todos tendem a acreditar que o fim da reeleição seja bom para o Brasil.

O instituto da reeleição para cargos executivos, criado em 1997, tornou-se uma anomalia política. O presidente, governador ou prefeito assume pensando só nela. Desde seu surgimento, já patrocinou políticas econômicas e sanitárias ruinosas, chegando às articulações golpistas de Jair Bolsonaro.

Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concede entrevista coletiva sobre atividades legislativas - Edilson Rodrigues-14.set.23/Agência Senado

O Brasil já teve instituições ruinosas como a escravidão, a legislação sobre terras e até mesmo a organização tributária. Todas elas nasceram de interesses econômicos. Beneficiavam ou beneficiam classes sociais. A reeleição saiu do nada, impulsionada apenas pelo interesse dos indivíduos de permanecer no poder. Seu patrono, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, reconheceu, em 2020, que historicamente foi um erro. Lula e Jair Bolsonaro candidataram-se combatendo-a. Sentando na cadeira, mudaram de ideia.

Pacheco diz que o Senado está "muito ávido" para debater o fim da reeleição. É improvável que se consiga acabar com ela de chofre, mas é possível que o Congresso vote uma emenda constitucional que acabe com a reeleição para presidentes, governadores e prefeitos eleitos a partir de 2026.

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