A Covid-19 obrigou o mundo a parar. Aqui no Brasil, além da doença causada pelo novo coronavírus, existe uma outra epidemia, talvez, tão danosa. Trata-se de um vírus que, assim como seu concorrente, leva a alterações dos sentidos, confusão mental e, por fim, falência das funções cerebrais. Seu nome é bolsovírus.

Especialistas afirmam que a doença começou a se espalhar pelo território nacional em outubro de 2018, mas, nos últimos meses, foi observada uma piora significativa nos enfermos.
Confira os principais sintomas.

Perda do bom gosto

 Uma característica do infectado é total falta de noção estética. Publicar montagens do presidente com roupas de super-herói e imagens de um olho verde-amarelo com uma lágrima são sinais comuns. Em casos graves, o adoentado usa, em público, trajes de cavaleiro medieval e uniforme do Exército, sendo que a maioria fugiu do Exército.

Diarreia verbal

O portador do bolsovírus fala coisas sem sentido e cria fatos inexistentes. “O coronavírus é criação da China para impor o comunismo” e “Doria acabou o comércio para beneficiar suas empresas” são algumas das asneiras. Os enfermos também reagem a qualquer opinião dissonante chamando o interlocutor de “canalha”, “imbecil” e “vagabundo” —comportamento parecido com o observado na síndrome de Tourette.

Daltonismo vermelho O doente sofre de uma disfunção na visão que o faz ver a cor vermelha onde não existe, concluindo que o comunismo está em todo lugar. Para ele, a Globo é comunista, Mickey Mouse é comunista, Bill Gates é comunista, até mesmo Adam Smith, pai do liberalismo, é comunista.

Gramática escalafobética 

Assim que é contaminado pelo bolsovírus, o enfermo começa a escrever textões enormes em redes sociais, usando, vírgulas, onde, não, precisa, separando . a pontuação … de - forma - - estranha - abusando das exclamações!!!!

Pensamento suicida 

Assim como o vírus da toxoplasmose faz com que ratos percam o medo de gatos, os infectados pelo bolsovírus adoram chamar seus opositores para a briga “de homem para homem”, embora muitos tenham mais de 80 anos. Mesmo durante a pandemia, eles gostam de se aglomerar entre si, seja na praia ou em manifestações pelo fim do isolamento, provando que Darwin estava mesmo certo.