Capuzes, trajes camuflados, coletes com explosivos. O terrorista costumava ser uma figura sombria no imaginário popular. Até a invasão da Praça dos Três Poderes, no último domingo (8).

A divulgação do perfil dos participantes dos atos antidemocráticos comprovou que o extremismo pode assumir as formas menos imagináveis.

Para analisar os terroristas e evitar que se passem, mais uma vez, por pessoas pacíficas, a coluna listou alguns dos perfis mais comuns de bolsonaristas golpistas antidemocratas (o que é uma tremenda redundância).

O Homem-branco de Meia-idade: 70% dos participantes dos atos terroristas de Brasília, são indivíduos com a masculinidade em crise. Após descobrirem que são inteligentes, só tinham privilégios, resolveram quebrar patrimônio público em busca do status perdido.

A Barbie Terrorista: Versão 2.0 da Barbie Fascista, retocou as luzes do cabelo só para invadir a Praça dos Três Poderes. Costuma ter harmonização facial e micropigmentação de sobrancelhas errôneas. Compensam o terrorismo que sofreram no rosto praticando terrorismo contra a sociedade.

O 'Pai de Família': Genghis Khan e Hitler já provaram que ser pai de família não significa muita coisa. Mesmo assim, muitos terroristas usaram a desculpa para tentar escapar da prisão. Outros preferiram usar o argumento do "eu tenho família", como se não bastasse estar vivo para ter algum parente.

O Idoso Golpista: Seu Zé, um senhor aparentemente simpático, foi visto quebrando uma vidraça do STF com uma barra de ferro. Dona Neide, com cinco netos, jogou uma cadeira do segundo andar do Planalto. Eles ajudam a desconstruir o estereótipo de idoso sábio e bondoso.

O Infiltrado da Esquerda: Ser fictício criado pelos invasores bolsonaristas, que, mesmo depois de serem fotografados e identificados, tentam jogar a culpa no "petê" e na esquerda. Já foi provado que não existiram infiltrados da esquerda, pois nenhum quadro do Romero Britto foi destruído.

Os Idealizadores: Categoria formada por empresários, fazendeiros e fascistas criminosos que temem perder as "mamatas" da gestão Bolsonaro. Financiaram acampamentos, excursões, ônibus para usar "patriotas" como escudo humano. Mas permanecem impunes e privilegiados, prontos para convocar novos homens, Barbies, idosos e "pais de família".