Com três gols de Cristiane e um pênalti perdido, o Brasil fez 3 a 0 na Jamaica e poderia ter feito o dobro. Mas mostrou preocupante insegurança da experiente goleira Bárbara e dispersão na hora de concluir. 

Contra a mais forte Austrália, na quinta (13), não poderá errar tanto e oxalá possa ter Marta. Valeu como estreia e para mostrar, mais uma vez, que plasticamente o futebol feminino atingiu o nível dos homens.

HONDURAS É MOLE?

De que serve treinar contra um time tão fraco e truculento? Ganhar o jogo e perder Arthur? Jogar contra dez por uma hora? Deixar o Beira-Rio vazio como ficou o Mané Garrincha? Golear ninguém? Dar a ilusão de que Philippe Coutinho assumiu a seleção no lugar de Neymar?

Ao menos jogou-se num gramado e não no esburacado campo de Brasília. Fora disso, perdeu-se tempo e dinheiro na viagem entre Teresópolis e Porto Alegre. 7 a 0! E daí?

OURO E LATA

Os três grandes paulistanos jogaram no sábado (8) e só um venceu.

Em casa, o Palmeiras fez mais uma vítima na conta do chá, por 1 a 0 e com gol de pênalti, mas com justiça.

Depois de ser inferior ao time misto do Athletico no primeiro tempo, foi bem melhor no segundo para justificar amplamente a vitória --a sétima em oito jogos dentro de campo, à espera da devolução dos pontos obtidos contra o Botafogo.

Por mais que as vitórias sejam magras, exceção feita à goleada de quatro sobre o Santos, igual ao que fez o Corinthians no primeiro turno do Campeonato Brasileiro em 2017, o Palmeiras passa a sensação permanente de que fará um gol e vencerá.

Como o próximo jogo do líder será novamente em casa e contra o lanterna Avaí, o palmeirense que relaxe para ver a Copa América, no topo da tabela e invicto há 32 jogos.

Sim, está há 31 jogos sem perder, mas a coluna, apressada, já computa este jogo a ser disputado na quinta-feira.

No Trio de Ferro, ou no triângulo dos maiores clubes paulistas, o Palmeiras é o vértice A, de ouro.

O B é o Corinthians que foi ao Mineirão com desfalques importantes enfrentar o Cruzeiro, individualmente superior, e voltou de lá com valioso 0 a 0, embora graças ao substituto de Cássio, o ótimo Walter, autor de defesas salvadoras.

Digamos, com boa vontade, que o alvinegro seja o vértice de bronze, porque segue com uma dificuldade terrível para finalizar.

Para preocupação corintiana o jogo restante antes da parada para a Copa América será contra o Santos, e na Vila Belmiro, na quarta-feira (12).

Se de fato o Corinthians é o vértice de bronze, sobra ao São Paulo o de lata.

Não reaja mal quem torce pelo tricolor com o argumento de que o time está na frente do Corinthians.

Porque o rival tem um jogo a menos, contra o Goiás e em Itaquera, ou seja, com grande possibilidade de fazer os três pontos e deixar o São Paulo dois atrás.

São Paulo que terá o Galo antes da parada, no Horto, na quinta-feira.

São Paulo que ficou, também fora de casa, noutro pavoroso 0 a 0 exatamente com o Avaí, único time sem vitória no Campeonato Brasileiro.

São Paulo que completou seis jogos sem um triunfo sequer e com apenas um gol.

São Paulo eliminado na Libertadores e na Copa do Brasil, o único dos oito times brasileiros classificados para o torneio continental a não seguir para as quartas de final da competição nacional.

São Paulo que deveria aproveitar a parada para cuidar da cabeça ruim, responsável pela doença no pé.