Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
A meningite sem censura
Ao contrário da epidemia dos anos 1970, espera-se que a população esteja adequadamente informada desta vez
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A Prefeitura de São Paulo confirmou segunda-feira (26) a presença de um surto de meningite na zona leste, entre os bairros da Vila Formosa e Aricanduva.
Foram assinalados cinco casos, com um óbito. De 1º de janeiro a 26 setembro, foram 56 os portadores da doença na capital, com nove mortes, pelas informações prestadas pela TV.
A prefeitura já está oferecendo vacinas para prevenir a disseminação da doença, assim como a necessária medicação para os doentes.
Nesta antevéspera das eleições, é necessária a comparação entre as medidas adotadas para o atual surto de meningite e a epidemia, também de meningite, observada no Brasil na década de 1970.
Eram os tempos dos anos de chumbo e do milagre econômico, e a divulgação da presença de uma epidemia em nosso meio era uma questão de segurança nacional. Um problema fácil para resolver na ditadura: censura nos meios de comunicação.
Esta forma de controlar as notícias sobre a saúde da população sofreu algumas alterações nos últimos anos.
Evoluiu com a criação dos negacionistas nacionais sabotando as necessárias campanhas de vacinação para a Covid-19.
Ocorreu, entretanto, histórica reação da classe médica e de infectologistas, que com apoio dos meios de comunicação na internet, TV e impresso, divulgaram os necessários esclarecimentos para a população sobre o coronavírus.
Para o atual surto de meningite, espera-se que a população esteja adequadamente informada.
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