Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Julio Abramczyk

Transplante de útero

Esse tipo de procedimento tem demonstrado avanços significativos nos últimos anos

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Os transplantes de órgãos em humanos permanecem com significativos avanços. Nos últimos anos, o destaque foi a área da cirurgia reprodutiva.

No Jama Surgery, relatório apresenta os resultados de transplantes de útero nos Estados Unidos desde 2016.

O estudo incluiu 33 mulheres submetidas ao transplante de 2016 a 2021. Das 33 receptoras do útero, 31 nasceram sem útero, e 21 pacientes receberam o órgão de doadora viva.

A turca Derya Sert, 21, foi a primeira mulher no mundo a receber um útero de doadora morta, em 2011,  sentada em seu leito hospitalar
A turca Derya Sert, 21, foi a primeira mulher no mundo a receber um útero de doadora morta, em 2011, no hospital universitário Akdeniz, na cidade de Antalya; em 2020 ela deu à luz menino saudável - AFP

Até setembro do ano passado, 19 das 33 beneficiárias da intervenção cirúrgica conceberam 21 nascidos vivos.

O peso médio do bebê ao nascer foi de 2.800 g e nenhum dos neonatos apresentou malformações congênitas.

Na Revista da Associação Médica Brasileira, Ana Flávia Garcia Silva e Luiz Fernando Pina Carvalho publicaram uma revisão de estudos sobre o transplante de útero.

Referem os autores que foi na Suécia, em 2012, que os primeiros transplantes de útero foram realizados com sucesso. A equipe liderada pelo médico M. Brännström operou nove pacientes portadoras de ausência congênita de útero e uma com histerectomia prévia (remoção cirúrgica do útero).

Duas pacientes, por trombose, não puderam aproveitar os transplantes e as sete restantes passaram a apresentar ciclos menstruais três meses após a operação e mantiveram ciclos normais no primeiro ano.
Segundo os autores, esta intervenção cirúrgica é complexa por combinar princípios de transplante de órgão sólido com técnica de reprodução assistida.

Seu objetivo é promover a fertilidade e melhorar a qualidade de vida da paciente, não necessariamente para prolongá-la.

Por esse motivo, se necessário e após alcançar o objetivo da intervenção operatória, o órgão pode ser removido.

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