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Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

As cabeçadas no futebol

Consequências da concussão podem ser graves e interferir na atividade normal do cérebro

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Dois jogadores de futebol tentam dar uma cabeçada na bola. Um para mandá-la a gol; outro, para impedir. Não é frequente, mas vem acontecendo o choque do crânio dos atletas nos jogos de futebol.

As consequências desses acidentes podem ser graves e deram origem a um novo capítulo na medicina: a encefalopatia traumática crônica.

Esta situação está relacionada a choques repetidos do crânio do atleta nas partidas de futebol. É conhecido pelo nome de concussão.

Momento em que o goleiro Beiranvand se choca com o zagueiro Hosseini, ambos do Irã, em jogo contra a Inglaterra na Copa do Qatar - Paul Childs - 21.nov.2022/Reuters

E a cada concussão, por mais leve que seja, deixa a marca que irá interferir na atividade normal do cérebro.

Ao longo dos anos, poderá interferir no comportamento do atleta e até desenvolver dificuldade de memória.

O médico Ricardo Nitrini refere em 2017 na revista Dementia & Neuropsychologia um dos primeiros estudos relacionando o futebol à encefalopatia traumática crônica. O estudo foi realizado com o grupo do ambulatório de neurologia do HC da Faculdade de Medicina da USP.

Para Nitrini, muitas dessas concussões podem ser evitadas, principalmente quando o atleta está ciente de que não irá alcançar a bola com a sua cabeça antes do outro jogador.

Nitrini também destaca que, em qualquer evento, após a concussão o jogador deve ser removido da competição. E conclui haver evidências para a recomendação de punição severa (cartão vermelho por vários jogos) aos atletas que provocarem traumas cerebrais evitáveis em adversários.

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