Siga a folha

Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.

Tolerar diversidade sexual e de gênero é coisa de gente emocionalmente saudável

Entender e perceber direitinho como a gente se sente nesse mundo é uma longa, angustiante e polêmica tarefa

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O começo de uma coluna que fale de diversidade sexual e de gênero precisa ser uma palavra de ordem: respeito. A que e a quem? A si, aos seus valores, suas crenças, seus limites e suas possibilidades. E também a quem está ao lado. E, claro, a quem está no mundo todo!

Tolerar a diversidade de jeitos de ser, de se apaixonar, de se identificar, de agir, de se mostrar, de se revelar, ou de se encobrir, entre outras diversidades, é uma atitude de gente emocionalmente saudável.

Afinal, cada pessoa nesse mundo é única. Não há uma pessoa idêntica a outra: nem gêmeos considerados fisicamente idênticos são iguaizinhos em seus temperamentos, em suas personalidades. Então, todos somos diferentes, ou seja, diversos. E tolerar isso é a maneira respeitosa e saudável de viver em sociedade. Concorda comigo?

Acho bacana aqui a gente fazer uma pausa nas reflexões e aprofundamentos para entender, ou descobrir, um pouco mais sobre conceitos. A começar pelo de gênero. O que é gênero? Se você já sabe, confira se estou explicando adequadamente: gênero é o jeito como cada um de nós se identifica para o mundo.

Por muito tempo, se convencionou que existiam apenas dois gêneros: o masculino e o feminino. Hoje sabemos que há uma infinidade de possibilidades de se identificar para o mundo.

Participante da 27º edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ - 11.jun.2023-Marlene Bergamo/Folhapress

Entre elas, a pessoa pode ser agênero (sem gênero definido), gênero fluido (que transita com fluidez pelas possibilidades convencionadas ou não) e transgênero (que se identifica com o gênero convencionado oposto ao do sexo genital com o qual nasceu, ou seja, quando a pessoa nasceu com genitais masculinos e se identifica com o gênero feminino, ou quando nasceu com genitais femininos e se identifica com o gênero masculino).

Outra coisa diferente de gênero, e que muita gente faz confusão com os termos, é a forma como vivemos as paixões, os amores românticos e o desejo sexual. Aqui também há um leque de possibilidades.

Entre elas, a pessoa pode ser homossexual (se sente desejo sexual por alguém do mesmo sexo), heterossexual (se sente desejo sexual por alguém do outro sexo), bissexual (se sente desejo sexual por pessoas de ambos os sexos), assexual (se não sente desejo sexual por outras pessoas) e pansexual (se sente desejo sexual por pessoas de variados gêneros e sexos).

Ah, e quero esclarecer aqui mais um termo: transexual. O que é uma mulher trans, um homem trans, ou transexual?

Vamos lá: transexual é a pessoa que nasce com a alma e a essência de um gênero, porém, no corpo, com os genitais do sexo oposto. Por exemplo, é o rapaz que nasce em um corpo feminino, com vagina e outros órgãos genitais femininos (ele é, portanto, um jovem ou homem trans). Ou a moça que nasce em um corpo masculino, com pênis e outros órgãos genitais masculinos (ela é, portanto, uma jovem ou uma mulher trans).

Complicado? Talvez esse monte de nomenclaturas seja mesmo algo confuso e difícil de entender. Releia, então. Ou amplie, busque mais informações. A atitude de busca de conhecimento é fundamental para aprofundarmos e ampliarmos o nosso olhar para a vida. E, nessa busca, a pelo autoconhecimento, ou seja, pelo saber profundo sobre si, tem um lugar todo especial.

Sabe por quê? Porque é uma tarefa beeeeem longa, angustiante, delicada, polêmica e difícil a de a gente conseguir entender e perceber direitinho como se sente nesse mundo, como gosta de se identificar, por quem sente amor, paixão, desejo e tudo o mais do que estamos falando por aqui nas nossas colunas.

Qual a minha dica, então? Já falei isso em outros momentos, mas vale aqui também: take your time! Ou seja, vá no seu tempo, com calma. Pressa pra quê? Cobrança pra quê? Pressão pra quê?

Não precisa correr para nada. Você (e qualquer outra pessoa) tem a vida inteira para se perceber, tomar decisões, escolher caminhos, mudar de ideias, enfim, se descobrir, se experimentar, viver. O seu prazer e a sua saúde emocional (e física também) agradecem!

Por hoje é isso. Tem muito conteúdo a digerir aqui... Então, até a próxima coluna!

E se você tem alguma dúvida ou sugestão de tema, escreva para folhateen@grupofolha.com.br.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas