Siga a folha

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

Antes de investir, defina quanto risco aceita correr

Antes de colocar o seu rico dinheirinho em algum investimento, informe-se muito bem sobre as condições

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Todo o investimento tem risco. Há alguns, contudo, com baixa exposição, atrelados, por exemplo, à inflação mensal. Ganhos maiores implicam aposta bem mais elevada.

Quem fica tentado, devido à queda da taxa Selic, a investir em criptomoedas (bitcoins), ouro, startups ou imóveis deve reservar parte de sua renda para aplicações convencionais, nas quais o risco –e o ganho– seja menor.

Acima de tudo, antes de colocar o seu rico dinheirinho em algum investimento, há que se informar muito bem sobre as condições, ameaças, desempenho ao longo dos últimos meses ou anos, e em sites de reclamações. E também sobre golpes mais frequentes.

Há especialistas (profissionais liberais, de consultorias, corretoras e de bancos) que ajudam o poupador a definir quanto risco aceita correr para atingir seus objetivos.

Isso é fundamental, por exemplo, no mercado de ações, que tem atraído também cidadãos com menos recursos financeiros. O número de investidores dobrou para 1,6 milhão em 2019, conforme dados de novembro passado.

É muito saudável para a economia brasileira que a taxa básica de juros esteja em queda, um pouco acima da inflação. Isso estimula empresas e investidores a ganhar dinheiro com atividades produtivas, o que pode gerar mais emprego e renda.

Mas há dificuldades. Assim como a educação para o consumo parece não sair do campo das boas intenções, é urgente que aprendamos, desde crianças, a usar o dinheiro para ter uma vida melhor. A educação financeira poderia ajudar, e muito, a reduzir o elevado percentual de endividados –mais da metade das famílias brasileiras– e de inadimplentes.

Antes de escolher as aplicações, porém, há que adotar um orçamento familiar detalhado, para saber o que realmente sobra mensalmente da renda familiar. Ou o quanto teríamos de reduzir as despesas para que pudéssemos poupar.

É óbvio que, para milhões de brasileiros, a questão não é guardar dinheiro, porque não têm sequer como cobrir gastos mais fundamentais –alimentação, moradia, saúde e educação.

Quase 14 milhões de famílias dependem do Bolsa Família, benefício que lhes ajuda a combater a vulnerabilidade e a pobreza extremas.

Além disso, há complicadores para a classe média e até os mais pobres como a tabela do Imposto de Renda, que não é corrigida desde 2015, e que, devido a isso, acumula uma defasagem acima de 103%, entre 1996 e o final de 2019.

Isso significa que a faixa de isenção iria de R$ 1.903,98 para R$ 3.881,65 se a tabela fosse corrigida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Haveria mais recursos para o consumo e até para poupar.

Dez milhões de consumidores deixariam de pagar IR! Uma medida totalmente sintonizada com o liberalismo econômico, mas que ainda não foi adotada pelos liberais de plantão.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas