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Jornalista e roteirista de TV.

Marielle

Documentário transcende a sua imagem de ativista

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Antonio Francisco da Silva Neto abre um enorme sorriso quando a imagem da filha aparece na tela do auditório do Museu de Arte do Rio, na noite de terça (10). Que maldade fizeram com ela, havia dito Marinete da Silva, minutos antes. Frase repetida na série documental, de seis capítulos, que conta a história da primogênita do casal, Marielle Franco. 

Choro, riso, saudade, indignação, tristeza. Ao longo dos dois primeiros capítulos, exibidos para convidados, foi difícil acompanhar as reações dos pais da vereadora, de sua irmã e de sua filha, sentados à minha frente. A emoção de ver as cenas da série se misturou à de presenciar a busca deles por algum refúgio da dor. Mãos se entrelaçavam e se apertavam, cabeças procuravam conforto no ombro do outro, troca de olhares, suspiros. Uma família despedaçada, que continua sem as respostas de um crime brutal. 

A resposta da Globo, que exibe nesta quinta (12) o primeiro episódio de "Marielle", dirigido por Caio Cavechini, é um retrato que transcende a imagem de ativista, conhecida pelo público. O documentário humaniza a figura que virou símbolo político internacional, mostra sua juventude, os caminhos que a levaram à vida pública, a personalidade arrebatadora de sua mãe, a campanha sórdida de difamação de que foi vítima depois de morta, além da investigação e do assassinato dela e do motorista Anderson Gomes. 

Os aspectos ideológicos que pautaram sua carreira estão lá, mas a morte de uma vereadora e a audácia dos criminosos, que zombam da sociedade, deveriam indignar a todos e romper as barreiras que dividiram um país em esquerda e direita. O inconformismo é o que coloca as pessoas ao lado da civilização, como disse Erick Bretas, diretor da Globo. Portanto, conhecer a história de Marielle e exigir que as autoridades descubram quem e por que a mataram poderia ajudar o Rio a se salvar da selvageria a que está condenado.

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