Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Augusto Aras atuará como corregedor no caso de Rodrigo Janot

Ex-procurador, que disse ter planejado assassinar Gilmar Mendes, é desafeto do atual ocupante do cargo

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O caso de Rodrigo Janot, que pode ser investigado pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) por ter planejado o assassinato do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi parar nas mãos de Augusto Aras. O novo procurador-geral da República é desafeto de Janot.

MEIA VOLTA

Otavio Luiz Rodrigues, conselheiro do CNMP, decidiu enviar o caso à corregedoria do órgão. Como o cargo está vago, caberá a Aras atuar como corregedor

Leia a coluna completa aqui.

Rodrigo Janot foi procurador-geral da República por dois mandatos, de 2013 a 2017, durante os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Já aposentado, voltou à advocacia e lançou um livro de memórias, no qual faz revelações polêmicas - uma delas, a de que teria entrado com uma pistola no STF (Supremo Tribunal Federal) para matar o ministro Gilmar Mendes. Reuters/Adriano Machado - 27.jun.2017

O ministro Gilmar Mendes e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como ministro do STF. Janot e Mendes se tornaram desafetos e o ex-PGR confessou em livro e em entrevistas sobre a obra que pensou em matá-lo. Folhapress/Pedro Ladeira - 22.mar.2017

Agentes da PF deixam o prédio onde mora Rodrigo Janot após uma operação de busca e apreensão. Em livro de memórias e entrevistas à imprensa, ex-procurador afirmou que chegou a ir armado a uma sessão do STF para matar o ministro Gilmar Mendes, seu desafeto. Folhapress/Pedro Ladeira - 27.set.2019

Rodrigo Janot foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) depois de ser o mais votado na lista tríplice elaborada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), em 2013. Folhapress/Andre Borges - 27.mar.2013

Em seu discurso de posse na PGR, em 2013, prometeu maior diálogo entre o Ministério Público Federal e as outras instituições públicas brasileiras. Ele foi reconduzido ao cargo para um segundo mandato, que foi de 2015 a 2017. Folhapress/Sérgio Lima - 17.set.2013

Janot e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, durante seminário em Brasília. Na PGR, Janot conduziu denúncias e acordos de delação premiada no âmbito da operação. Folhapress/Pedro Ladeira - 28.jun.2016

Rodrigo Janot durante café da manhã para jornalista no qual fez balanço do primeiro ano de seu segundo mandato à frente da PGR. Folhapress/Alan Marques - 11.nov.2016

Janot enfrentou na reta final o momento mais tenso de seu mandato, que culminou na rescisão do acordo de delação de Joesley Batista, dono da JBS, e Ricardo Saud, executivo do grupo. Desde que o acordo foi assinado, em maio de 2017, a PGR enfrentava críticas por causa da imunidade concedida aos delatores, mas Janot disse que faria tudo de novo. Reuters/Ueslei Marcelino - 24.nov.2016

A partir das delações da JBS, Janot fez duas denúncias contra o então presidente Michel Temer (MDB), acusado de corrupção e formação de quadrilha. Ambas foram recusadas pelo Congresso Nacional. Agência Brasil/José Cruz - 5.out.2016

"Enquanto houver bambu, lá vai flecha. Até o 17 de setembro, a caneta está na minha mão", disse Janot, já no final de mandato, em relação às denúncias contra o então presidente Temer. Na foto, Janot deixa o STF após participar de sua última sessão plenária como procurador-geral da República . Folhapress/Pedro Ladeira - 14.set.2019

Janot decidiu não tentar um terceiro mandato e foi sucedido por Raquel Dodge. Folhapress/Sérgio Lima - 5.ago.2017

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