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Procon-SP pede que polícia investigue Rappi e iFood por golpe de entregadores

Órgão recebeu denúncias de cobranças de taxas extras na hora da entrega

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O Procon-SP acionou a Polícia Civil contra o iFood e a Rappi para apurar responsabilidades das duas empresas em relação a crimes praticados por alguns de seus prestadores de serviço, que chegaram a lesar clientes em R$ 5 mil.

NOTINHA 

A ação se baseia em 35 denúncias sobre a prática de um golpe no qual o entregador informa o cliente da necessidade de pagamento de uma taxa extra na hora da entrega. O valor é mostrado em uma máquina de cartão com o visor quebrado, impossibilitando a conferência do que será debitado.

PROBLEMA TEU 

Notificadas, as empresas responderam que não se responsabilizam pelos eventuais crimes praticados pelos entregadores, e que o consumidor deve se atentar à inexigibilidade de cobrança extra para a entrega.

SEGUNDA VIA 

A Rappi afirmou à coluna que não opera com máquinas de cartão, que não cobra taxas extras e que instrui os seus entregadores a cumprirem regras. A iFood diz, "após prestar esclarecimentos ao Procon-SP, o iFood não recebeu oficialmente nenhuma notificação resposta do órgão e reforça que segue à disposição". A empresa também diz não faz cobranças adicionais e repudia qualquer desvio de conduta.

Leia a íntegra da resposta da iFood:

"Após prestar esclarecimentos ao Procon-SP, o iFood não recebeu oficialmente nenhuma notificação resposta do órgão e reforça que segue à disposição. A empresa também não foi notificada até o momento pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania. O iFood repudia qualquer desvio de conduta por qualquer um dos usuários cadastrados na plataforma, sejam eles parceiros de entrega, estabelecimentos ou usuários finais. Ao receber relatos como esse e confirmar qualquer conduta irregular, o iFood desativa imediatamente os cadastros e está à disposição das autoridades.

O iFood reforça ainda que ao optar pelo pagamento online, em nenhuma hipótese é exigido pagamento adicional presencial, no momento da entrega do pedido. A orientação ao consumidor é de que ao ser questionado pelo entregador, se recuse a realizar qualquer tipo de pagamento e acione a empresa através do chat para reportar atividade suspeita. Para conscientizar o consumidor, o iFood envia orientações por meio de notificações pelo app.

A empresa recomenda ao consumidor que, em qualquer tipo de transação envolvendo pagamento por meio de cartão, cheque o valor no visor da máquina de pagamento e não insira a senha caso não exiba claramente o valor. Caso tenha efetuado qualquer operação sem que haja certeza do valor, recomenda-se que, assim que finalizada a transação, verifique no aplicativo do seu banco o valor debitado e, havendo divergência, solicite o cancelamento imediato.

Os consumidores afetados pela fraude devem registrar boletim de ocorrência e entrar em contato com a empresa pelos canais oficiais de atendimento ao cliente via aplicativo, enviando o B.O. e extrato bancário para que a empresa possa retornar o mais breve possível.

O iFood esclarece ainda que desativou os pagamentos offline (dinheiro e maquininha de cartão) para restaurantes com Entrega iFood em algumas cidades de sua base. A medida tem como objetivo concentrar os pagamentos no app para proteger a segurança de clientes e entregadores evitando o contato na hora de pagar e auxiliar a cidade a conter a disseminação do covid-19.

Vale ressaltar que essa prática fraudulenta afeta tanto os consumidores quanto o iFood, que, em apoio aos clientes, tem atuado para auxiliá-los mesmo diante de uma fraude aplicada em aparelhos de pagamento que não pertencem à empresa."

QUARENTENA

com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO

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