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Bolsonaro ordena devassa em currículos de candidatos ao MEC

Presidente ficou irritado com surpresas em torno de falsidades na vida acadêmica de Decotelli

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O presidente Jair Bolsonaro ordenou que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) fizesse uma verdadeira devassa na vida pública de todos os candidatos a ocupar o cargo de ministro da Educação. O ministro recém-nomeado, Carlos Decotelli, deixou o MEC depois de revelações de falsidade em seu currículo antecipada pela coluna.

Entre os cotados estão Anderson Correia, atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, Antonio Freitas, pré-reitor da FGV, Ilona Becskeházy e Sérgio Sant'Anna, ex-assessor do MEC.

O presidente Jair Bolsonaro recebe Carlos Alberto Decotelli no Palácio do Planalto, em Brasília - Marcos Correa - 26.jun.2020/Presidência/AFP

Bolsonaro ficou irritado com ​as surpresas que teve em torno do currículo de Carlos Decotelli, que afirmava ter doutorado, pós-doutorado e acabou sendo acusado até mesmo de plágio em uma dissertação de mestrado.

O primeiro constrangimento de Bolsonaro foi causado pela revelação da coluna de que Decotelli não era doutor pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina.

Na sexta, em uma entrevista exclusiva, o reitor da instituição, Franco Bartolacci, afirmou: "Ele [Decotelli] cursou o doutorado, mas não finalizou, portanto não completou os requisitos exigidos para obter a titulação de doutor na Universidade Nacional de Rosário".

O MEC tentou desmentir o reitor, divulgando um certificado de que o então ministro tinha cursado as disciplinas do doutorado na Faculdade de Ciências Econômicas e Estatística da instituição.

O reitor reafirmou então à coluna que ele de fato fez o curso —mas que sua tese tinha sido reprovada. Por isso, Decotelli, de fato, não era doutor.

Nas redes sociais, o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, negou que o órgão pesquisará a vida acadêmica dos candidatos a ministros.

"Aos desinformados: o GSI/ABIN examinam, sobre quem vai ocupar cargos no Governo, antecedentes criminais, contas irregulares e pendentes, histórico de processos e vedações do controle interno. No caso de Ministros, cada um é responsável pelo seu currículo", escreveu Heleno.

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