Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Senador pede que MPF atue para evitar fim de medicamentos para intubação em UTIs
Humberto Costa acionou a procuradoria junto ao TCU por notícia de que estoque de sedativos deve durar mais 20 dias
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O senador Humberto Costa (PT-PE) pediu ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União tome medidas relacionadas à notícia de que o estoque de medicamentos usados no Brasil para a intubação de pacientes de Covid-19 pode durar só mais 20 dias.
Costa, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, solicitou que os procuradores “atuem de forma preventiva para que a intempestividade e a ineficiência dos dirigentes das agências de saúde e daquele próprio Ministério da Saúde não façam eclodir novamente drama similar ao que se deu com a falta de oxigênio ocorrida em determinadas localidade no país recentemente”.
O parlamentar pediu ao MPF que abra inquérito para que os responsáveis respondam por improbidade administrativa caso os órgãos de saúde não ajam com a rapidez devida.
O estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para a intubação de pacientes em UTIs está chegando próximo do limite –o que criaria um drama adicional para os hospitais: como socorrer os doentes se acabarem os medicamentos.
A informação é do presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Reinaldo Scheibe. "O número de internações aumentou, a permanência dos doentes nas UTIs também, e o consumo dos medicamentos explodiu", diz ele. "Os estoques podem acabar em 20 dias", completa.
A Abramge representa operadoras de planos de saúde e seguradoras, que trabalham com hospitais próprios ou credenciados.
"Os relatos se repetem em todo o país", afirma ele.
Médicos que trabalham em UTIs de São Paulo fizeram o mesmo relato à coluna, sob a condição de anonimato. Um deles afirmou que está vivendo momentos "infernais", que a curva de internações só cresce na instituição em que trabalha e que já está "começando a faltar insumos" para tratar de doentes em estado grave.
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