Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Justiça determina penhora de direitos autorais de livro de Eduardo Cunha

"Tchau, Querida: O Diário do Impeachment" será lançado no sábado (17)

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a penhora dos direitos autorais do livro "Tchau, Querida: O Diário do Impeachment", de autoria do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. A obra, que relata detalhes sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, será lançada no sábado (17).

A decisão pela penhora é da juíza Virginia Lúcia Lima da Silva, da 20ª Vara Cível.

Eduardo Cunha ingressou para valer na vida pública em 1991, quando foi nomeado pelo então presidente, Fernando Collor, para comandar a Telerj, empresa de telecomunicações do Rio de Janeiro; na foto, Cunha dá entrevista enquanto ocupava o cargo. Frederico Rozário - 28.abr.1993/Folhapress/

Cunha (à dir.) se elege deputado federal pela primeira vez em 2003, ano em que troca o PP pelo PMDB; ele seria reeleito três vezes. Ueslei Marcelino - 31.jul.2007/Folhapress/

Cunha ganha projeção nacional em 2013, no primeiro mandato da então presidente Dilma Rousseff, quando foi eleito líder do PMDB na Câmara; em 2015, ele é eleito presidente da Câmara dos Deputados, derrotando candidato de Dilma. Pedro Ladeira - 1º.fev.2015/Folhapress/

Quando as investigações da Lava Jato já encurralavam Cunha, ele rompeu com o governo Dilma e começou a cortejar movimentos pró-impeachment; em setembro de 2015, ele recebeu pedido de impeachment das mãos de Maria Lúcia Bicudo e de Miguel Reale Jr.. Alan Marques - 17.set.2015/Folhapress/

Em 2016, Cunha comandou o processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, que decidiu pelo seu afastamento temporário até julgamento pelo Senado; na foto, Cunha vota a favor do impeachment. Pedro Ladeira - 16.abr.2016/Folhapress/

Quando o impeachment de Dilma virou assunto do Senado, Cunha acabou afastado da presidência da Câmara e do mandato. O ministro do STF Teori Zavascki entendeu que ele usava sua posição para atrapalhar investigações. A decisão acabou ratificada pela corte. Pedro Ladeira/Folhapress/

Depois de oito meses de manobras, o Conselho de Ética da Câmara finalmente votou em setembro de 2016 o parecer recomendando a cassação de Cunha. Pedro Ladeira - 12.set.2016/Folhapress/

Em outubro de 2016, Cunha foi preso em Brasília por ordem de Sergio Moro. Segundo o juiz, a liberdade do ex-parlamentar 'representava risco à ordem pública' e havia 'possibilidade concreta de fuga'. Pedro Ladeira/Folhapress/

De acordo com publicação do tribunal, os valores penhorados servirão para o pagamento de honorários advocatícios relativos a um processo movido por Cunha contra a Infoglobo. A ação versava sobre uma reportagem que citava um projeto de lei que queria instituir o Dia do Orgulho Heterossexual, de autoria do ex-deputado.

"Como perdeu a ação e não foi encontrado dinheiro em sua conta bancária para ser penhorado, a juíza determinou a penhora dos direitos autorais sobre o livro", afirma o tribunal em nota.

Cunha, que está em prisão domiciliar, promete “detalhes inéditos e minuciosos” sobre a batalha do ex-presidente Michel Temer (MDB) para derrubar Dilma.

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