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'É uma injustiça tirar o canabidiol de pessoas que estão tendo melhorias', diz Henrique Fogaça

Filha do chef de cozinha que tem síndrome rara faz uso da substância há mais de três anos

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O chef de cozinha Henrique Fogaça critica a nova resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), publicada na sexta (14), que tornou ainda mais restritiva a indicação do canabidiol (CBD) para uso medicinal em relação à norma anterior, de 2014.

Fogaça é pai de Olívia, 15, que faz uso da substância há mais de três anos. A menina tem uma síndrome rara não identificada. "O canabidiol deixou a Olívia mais atenta, mais esperta, mais sorridente, com muito menos convulsões do que ela tinha", afirma ele à coluna.

O chef e empresário Henrique Fogaça - Alt Tasty

"É uma injustiça tirar a substância das pessoas que estão tendo melhorias. Não faz sentido. Eu vou lutar até o fim", completa.

Com a nova resolução, a autorização do uso do canabidiol fica restrita às síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut, que são encefalopatias progressivas associadas a convulsões de difícil controle, e ao complexo da esclerose tuberosa, uma doença genética rara.

Segundo Fogaça, ainda não está claro se o caso de Olívia se encaixa nas restrições. Independentemente da situação específica da sua filha, o chef defende o uso do CBD para "qualquer outra patologia". Ele fez um vídeo nas redes sociais sobre o assunto.

"Se você for lá na publicação, há inúmeros comentários de pessoas que usam o canabidiol para outras patologias e estão se dando muito bem", afirma.

Atualmente, há indicações de CBD e outros derivados da maconha medicinal para o tratamento de mais de 20 diferentes condições médicas, entre elas, depressão, dor crônica, dor oncológica, esclerose múltipla, Parkinson e Alzheimer. A prescrição ocorre no modo off-label. O médico avalia o risco-benefício do uso e assume a responsabilidade pela indicação.

A cantora Negra Li também se posicionou contra a nova resolução do CFM. Ela faz uso do óleo de Cannabis, com prescrição do seu médico psiquiatra, há mais de um ano. "Cannabidiol tem sido um alívio pra mim desde que recebi o diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade). Por favor, não restrinjam a prescrição de CBD para apenas duas patologias", escreveu ela em suas redes sociais.

Segundo nota publicada pelo CFM, o plenário do conselho aprovou a nova resolução após revisões científicas sobre as aplicações terapêuticas e a segurança do uso do canabidol feitas entre dezembro de 2020 e agosto de 2022.


CARA A CARA

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, acompanhou o debate entre os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), na noite de domingo (16), em São Paulo. O cientista político Antonio Lavareda e sua mulher, a advogada Cacy Lavareda passaram por lá. A jornalista Veruska Boechat e suas filhas, Catarina e Valentina, também estiveram presentes no debate, que foi promovido por Folha, UOL, TV Bandeirantes e TV Cultura.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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