Correspondente da Folha na Ásia
Cerco comercial abala mercados; Trump banca fazendeiros
Pressão americana divide aliados como Taiwan e Japão, instados a 'conter a China'
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Nas manchetes de Financial Times e Wall Street Journal ao longo da quinta (23), “Ações e rendimentos de títulos desabam com temores sobre comércio”, referindo-se à bolsa de Nova York e aos papéis do Tesouro americano.
No sumário do WSJ, “a mais recente crise comercial EUA-China sufocou expectativas dos investidores de solução de curto prazo entre as duas maiores economias do mundo”.
O FT acrescentou à manchete a análise “Guerra comercial gera temor de que China esteja usando os títulos do Tesouro como arma”, com a venda recente de US$ 20 bilhões.
O New York Times também destacou o noticiário, mas enfatizando o pacote de ajuda de Trump aos fazendeiros americanos, base eleitoral atingida pelo contra-ataque comercial chinês. Já o WSJ noticiou os US$ 16 bilhões anotando:
“Embora vise compensar danos causados pela tensão comercial, será um alívio bem-vindo aos agricultores afetados pela crescente concorrência de outras potências agrícolas como a Rússia e o Brasil.”
JAPÃO, TAIWAN E A HUAWEI
No cerco americano à gigante de tecnologia chinesa Huawei, o eventual apoio de empresas de Japão e Taiwan concentra a atenção.
O FT chegou a noticiar que a japonesa Panasonic suspendeu seus vínculos com a Huawei, mas a empresa depois negou. E o japonês Nikkei manchetou que a taiwanesa TSMC anunciou que as vendas de chips para a Huawei prosseguem, “não serão atingidas pelo martelo dos EUA”.
O chinês Global Times/Huanqiu, ligado ao PC, está especialmente preocupado com Tóquio, com textos especulando se vai “se levantar contra a solicitação americana para conter a China”.
MODI NO MEIO
O Dainik Jagran (acima), maior jornal indiano, vê o reeleito primeiro-ministro Narendra Modi "forte e seguro" para tarefas globais como "harmonizar" Donald Trump e Xi Jinping e até conseguir a "reconciliação" entre EUA e Irã.
JORNALISMO & ESPIONAGEM
No fim do dia, as capas digitais de NYT e CNN ao direitista Drudge Report se voltaram para o indiciamento de Julian Assange por “espionagem”.
A decisão, enfatizou o jornal, “sinaliza escalada dramática na repressão a vazamentos e mira a proteção da Primeira Emenda a jornalistas”. Acrescentou que, “embora não seja jornalista convencional, muito do que Assange faz no WikiLeaks é difícil de diferenciar do que fazem organizações tradicionais como o NYT”.
E já saiu o primeiro editorial, do Post-Gazette, da Pensilvânia, cobrando mudar a lei de espionagem, de 1917, e recordando que a escalada começou com Barack Obama.
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