Correspondente da Folha na Ásia
Depois das fábricas, Xangai retoma comércio, mostra cobertura chinesa
Com queda de infecções e Testa, VW e outras de volta à produção, cidade começa a abrir supermercados e shoppings
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Horas antes de soltar seu especial sobre o milhão de americanos mortos pela Covid, o New York Times levou à home page que "o mundo tenta ir além da Covid", mas "a China pode atravancar o caminho", referindo-se a Xangai.
Logo em seguida, veículos chineses como o privado Guancha e o Global Times, ligado ao PC, traziam manchetes e fotos com a reabertura parcial do comércio em Xangai, de supermercados a shoppings.
No sábado, a cidade registrou 1.200 infecções diárias, contra o pico de 20 mil há três semanas, queda noticiada do South China Morning Post ao Wall Street Journal, baixando em seguida para menos de mil.
No meio da semana, a newsletter Sinocism, de Washington, já tinha avisado das "boas notícias em Xangai".
Boas notícias que começaram semanas antes nas fábricas, com SAIC Volkswagen e sobretudo Tesla retomando produção em "circuito fechado", com operários alojados nas próprias instalações.
Elon Musk tuitou no meio da semana que "a equipe da Tesla China é incrível" e repetiu os elogios em entrevista pública ao Financial Times. Anuncia-se a expansão da fábrica em Xangai, no que um relatório interno, divulgado pela Reuters, projetou se tornar "o maior centro de exportação de carros do mundo".
Para marcar o retorno de Xangai, o Diário do Povo, principal jornal do PC, a rede CCTV (vídeo acima) e outros cobriram o teste "bem-sucedido" do primeiro avião C919 a ser entregue comercialmente pela Comac, de Xangai, concorrente de Boeing e Airbus.
E o próprio Xi Jinping publicou um artigo na revista teórica Qiushi, levado à manchete do Diário do Povo, com Xinhua, e reproduzido no Guancha, entre outros, abordando como "desarmar os principais riscos" ao país, com atenção para segurança alimentar.
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