Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Rússia volta a ameaçar, mas China começa a rever posição

Para acadêmico da Universidade Tsinghua, guerra 'acelerou a reversão da globalização' e o desrespeito à Carta da ONU

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Em destaque no agregador Yandex, com agência RIA Novosti, Izvestia e outros, ecoou na Rússia a declaração de um diplomata do país na ONU, falando a um canal digital europeu sobre a "mudança de posição" quanto à adesão da Ucrânia à União Europeia.

Agora Moscou não aceita mais que isso faça parte de um eventual acordo de paz, por não ver mais diferença entre Otan e UE.

Foi em meio a novas ameaças russas, inclusive nucleares, contra a entrada dos vizinhos nórdicos na organização militar comandada pelos Estados Unidos. Na manchete no Washington Post, "Rússia diz que candidatura da Finlândia à Otan é uma ameaça e promete retaliação".

Por outro lado, o influente acadêmico chinês Yan Xuetong, diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Tsinghua, na qual Xi Jinping se formou, falou a um canal de notícias que a China só perde com a guerra, que "acelerou a reversão da globalização".

A entrevista ao Ifeng ou Phoenix, canal de um magnata próximo ao governo, foi parar nas manchetes do South China Morning Post, "China não ganhou nada com conflito na Ucrânia, que só vai levar a novas violações das regras internacionais, diz importante estudioso".

Segundo Yan, tanto Rússia como Estados Unidos desrespeitaram a Carta da ONU, com a invasão e com as sanções. E a China, "maior país comercial do mundo", será prejudicada por um desrespeito que deve crescer pelos próximos dez anos.

"Haverá cada vez mais descumprimento das regras internacionais."

TREMENDO ANTES DO INVERNO

O Frankfurter Allgemeine Zeitung, com foto de uma estação de gás vazia no norte da Alemanha (acima), informa que o país poderá estar "tremendo antes do próximo inverno".

No dia anterior, o jornal já havia manchetado que a "Ucrânia estrangulou o fluxo de gás", cobrando de Kiev se "não havia realmente outra opção", fora causar "danos a aliados importantes". E na quinta (12) vieram sanções russas contra 31 empresas alemãs de gás.

DERRUBANDO EXPECTATIVAS

Na manchete impressa do Wall Street Journal, "Pressão da inflação continua". Na manchete digital e texto mais lido do Financial Times ao longo de quarta e quinta, "Inflação nos EUA permanece no nível mais alto em 40 anos, derrubando expectativas de queda maior".

Em entrevista ao canal financeiro CNBC, o economista "Mohamed El-Erian afirma que EUA estão se aproximando de 'crise de custo de vida' após mais dados de inflação". A inflação, argumenta ele, vem "muito quente há muito tempo" na maior economia do mundo.

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