Correspondente da Folha na Ásia
O que fará Lula?, perguntam The Economist e outros
Na argentina Nueva Sociedad, Celso Amorim cobra atenção da China ao 'desenvolvimento tecnológico dos sócios'
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Com um título em festa, "Hallelula", misturando Aleluia e Lula, a Economist não esconde seu alívio: "é um triunfo para a democracia brasileira, Lula venceu de forma justa". E volta a cobrar um ministro da economia com "apoio no mercado".
Na pequena chamada na capa, "O que fará Lula?". Concentra-se no que ele poderá fazer, da economia às relações globais. "Agora é a parte difícil", enfatiza, sugerindo para a Amazônia, por exemplo, "se voltar aos aliados externos para ajuda".
Acredita que "Lula vai restabelecer relações amigáveis com países como França e Estados Unidos", mas evita citar a China.
LULA & AMÉRICA LATINA, EUROPA, CHINA
Também a Foreign Policy questiona, na chamada, "Qual é a política externa de Lula?". Num segundo destaque, mais pergunta: "Como Lula vai navegar um mundo mudado?".
Para responder, recorre a extensa entrevista do ex-chanceler Celso Amorim à Nueva Sociedad, revista argentina da Fundação Friedrich Ebert, da social-democracia alemã. Ele defende "ação conjunta" da América Latina, para garantir independência, e a importância da Europa para o "jogo multipolar", detalhando o acordo comercial.
Também explica a crítica de Lula aos produtos chineses "tomando conta", feita na Fiesp: "a culpa não é dos chineses, é nossa, por não termos desenvolvido política industrial". Mas "os chineses terão que entender progressivamente que não basta comércio", que é preciso "contribuir com o desenvolvimento tecnológico dos sócios".
Dos EUA, Amorim mal falou.
LULA & ESTADOS UNIDOS
A nova relação entre "os dois gigantes das Américas" é o foco de uma análise na Bloomberg e no Washington Post, do almirante da reserva James Stavridis, que chefiou o Comando Sul americano e hoje é analista militar da rede NBC.
Descreve vários encontros com Lula, dizendo-se "impressionado com seus instintos políticos, uma habilidade de achar equilíbrio entre a esquerda e nações mais conservadoras". Avalia que "se posicionará como líder no Sul Global", esforçando-se "nas conexões com Índia, China, Nigéria, Indonésia e África do Sul".
Especificamente "no palco de segurança, vai buscar posições equilibradas", por exemplo, entre Rússia e Ucrânia. "Espere que Lula encoraje relações mais fortes com a China", mas também "espere boa cooperação em combate às drogas, em fiscalização da pesca e no treinamento entre militares brasileiros e a Quarta Frota".
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