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Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu Guerra da Ucrânia toda mídia

Lula vai ao 'primeiro papa do Sul Global' tratar da guerra

Alinhado a Brasil, Índia e China, Francisco 'antecipa futuro geopolítico da Igreja, menos aquiescente ao Ocidente'

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Após nove dias no hospital, o papa saiu sob aplausos no final de semana, mostrados pelo La Repubblica, e neste domingo (18) lembrou o "grande sofrimento" nas guerras de Uganda e da Ucrânia, falando à praça de São Pedro, no Vaticano, como noticiou o site católico Crux.

Francisco recebe Lula na quarta (21) para tratar da guerra europeia e dos esforços de ambos para mediar a paz.

Eles já haviam tratado dela em telefonema, no qual, segundo Il Messaggero, o brasileiro "recebeu a bênção para se tornar um pacificador na área do Brics, ou seja, exercer persuasão moral com Índia, Rússia, África do Sul e China".

No Crux, o editor e vaticanista John L. Allen Jr. avaliou que Francisco "não será o capelão do Brics" (acima) apesar de "sua posição sobre a Ucrânia se alinhar completamente à de Brasília, Nova Déli e Pequim". E apesar de ele ser "o primeiro papa do Sul Global".

Francisco valoriza a "tradicional neutralidade do Vaticano", ou seja: "Se a pergunta é se o papa é favorável às iniciativas de Lula e dos Brics sobre a Ucrânia, a resposta é sim. Se será fonte de apoio para a aliança Brics daqui para a frente, Lula faria bem em não apostar tudo nisso."

Allen complementa, em artigo na americana The Atlantic, que o papa está mudando porque "a Igreja está mudando: no século 21, mais católicos do que nunca vivem fora do Ocidente e não veem a guerra na Ucrânia nos mesmos termos que a Europa e os EUA".

Francisco "antecipa o futuro da Igreja Católica como força geopolítica, muito menos aquiescente ao Ocidente".

SOROS & LULA

No perfil-entrevista com o herdeiro escolhido pelo bilionário George Soros, 92, o Wall Street Journal diz que o "fã de hip- hop" Alex Soros, 37, descreve-se como "centro-esquerda" e "mais político" que o pai. Por exemplo, anota o jornal, "recentemente encontrou chefes de estado, inclusive Lula". Ecoou da CNN ao Guancha.

O pai já vinha dando sinais nessa direção. Em artigo distribuído pelo Project Syndicate, George Soros escreveu:

"Há muitas potências regionais que podem influenciar o curso da história. O Brasil se destaca. A eleição de Lula foi crucial. Em 8 de janeiro houve uma tentativa de golpe muito parecida com o 6 de Janeiro. Lula lidou com a tentativa de golpe com maestria e estabeleceu sua autoridade como presidente. O Brasil está na linha de frente do conflito entre sociedades abertas e fechadas, e também na linha de frente da luta contra as mudanças climáticas. Lula precisa proteger a floresta tropical, promover a justiça social e reacender o crescimento, tudo ao mesmo tempo. Ele precisará de forte apoio internacional porque não existe caminho para emissão zero se ele falhar."

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