Correspondente da Folha na Ásia
Dúvida em torno da morte força cautela na cobertura de mercenário
'Pode levar um tempo para confirmar', diz general americano ao NYT, que acrescenta que Putin 'falou de Prigojin no pretérito'
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Início da tarde desta quinta, um dia depois da queda, e o New York Times levou à home page: "Prigojin morreu no acidente? Pode levar um tempo para confirmar, diz principal autoridade militar dos EUA", o general Mark Milley.
Diferentemente do Wall Street Journal e de outros pelo mundo, o principal jornal americano não noticiou a morte até a publicação deste texto.
Quase toda a cobertura ocidental vem sendo mediada. Foi a agência russa RIA Novosti que publicou o vídeo que, no dizer do NYT, "parece ter sido de celular" e "não mostra o impacto". Outro vídeo, no Telegram, "parece mostrar o avião pegando fogo no chão". A lista de passageiros que cita Prigojin foi "divulgada pelas autoridades russas". Outro perfil de Telegram, "associado ao Wagner, diz que ele foi morto, mas não houve confirmação oficial do grupo ou de autoridades russas".
Com o noticiário preso a fontes russas, a própria manchete do jornal só foi mostrar alguma firmeza quando Vladimir Putin, possível mandante, citou Ievguêni Prigojin.
Até as 13h, a manchete era "Líder mercenário é presumido como morto". Minutos depois, ainda nada definitivo, mas "Putin rompe silêncio sobre Prigojin" e, logo abaixo, "falou indiretamente da morte, referindo-se a ele no pretérito". Foi o enunciado interno (acima).
No NYT como no Washington Post, a atenção se voltou aos poucos às próprias fontes oficiais americanas, que "acreditam que explosão derrubou o jato", não um míssil. Mas é "avaliação preliminar".
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