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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Escola de SP contraria ministério da Saúde e coloca alunos em quarentena por coronavírus

'Parece que estamos na idade média', diz secretário de Vigilância do Ministério da Saúde

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A escola Pueri Domus, de São Paulo, decidiu decretar quarentena de 15 dias a alunos que tenham viajado a 16 países onde foram detectados casos de coronavírus

Em comunicado, a direção do colégio pede para ser avisada nessas situações para que possa orientar as atividades à distância. A medida vale "mesmo que não apresentem sintomas". 

A medida contraria o Ministério da Saúde e é criticada por infectologistas, como David Uip, coordenador do Centro de Gestão do Coronavírus do Estado de São Paulo.

“Além de não ser efetivo, não é pertinente, nem conveniente, nem ajuda”, diz Uip. 

Para o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, é lamentável. 

“Parece que estamos na idade média, quando os países tinham os lazaretos. Fazer qualquer medida contra um país específico é, no mínimo, irracional, pois não vai impedir a introdução da doença caso a origem não esteja na orientação da escola.”

Lazaretos eram estabelecimentos que ficavam junto aos portos, aos quais se recolhiam viajantes procedentes de países onde havia epidemias ou doenças contagiosas.

Uip diz temer os efeitos que medidas como essa possam ter em cascata.

"Se isso vira moda entre alunos de escolas, o que vai acontecer com todas as outras atividades, como bancos e indústrias?", afirma.

"As condutas para o enfrentamento da doença são hierarquizadas e devem ser de atribuição do Ministério da Saúde".

Ele afirma que já acionou o ministério para que, nesta segunda (2), sejam tomadas providências para evitar medidas como essa. 

A rede Pueri Domus informa que, preventivamente, orientou sua comunidade escolar sobre como proceder em casos de alunos e colaboradores que tenham visitado os países monitorados pela OMS que tenham registros de Coronavírus. A orientação dada pela escola foi que as famílias que tivessem viajado para aqueles países comunicassem à coordenação das unidades. A escola reforça que não se tratou de nenhuma determinação e que nenhum aluno ou colaborador foi ou será impedido de ingressar nas unidades. Segundo o colégio, os alunos estão recebendo constantemente orientações à respeito das boas práticas de prevenção ao vírus.

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