Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Justiça ordena que deputado bolsonarista exclua vídeos em que chama Alexandre de Moraes de déspota
Ação foi movida pelo próprio ministro do STF, que também foi chamado de 'canalha' por Otoni de Paula
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A Justiça de São Paulo determinou que o deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ) retire de suas redes sociais vídeos em que chama Alexandre de Moraes de "déspota" e "canalha".
A ação de indenização por dano moral foi movida pelo ministro do STF.
Na decisão liminar, o juiz Guilherme Madeira Dezem escreve que "não é possível que se utilize da liberdade de expressão como escudo para a prática de crimes contra a honra". Ele fixou multa diária de R$ 50 mil a cada dia que os vídeos permaneçam no ar. Atualmente, eles estão nas contas do deputado no Twitter, no Facebook e no Instagram.
Nos vídeos, Otoni diz que não será calado por Moraes.
"O senhor é um canalha. Presta um desserviço à sociedade brasileira. O senhor é tudo menos um democrata. E o senhor não vai calar este deputado. Não vai porque eu não coloquei o meu caráter no balcão de negócios. Não fiz do meu nome o que o senhor fez do seu. Tenho honra, ministro", diz Otoni em um dos vídeos, datado de 17 de junho.
Nos comentários, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, parabeniza o deputado.
Otoni era vice-líder do governo na Câmara até o começo de julho. Em gesto ao STF, Bolsonaro decidiu substituí-lo pelo deputado Maurício Dziedricki (PTB-RS).
Otoni foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de difamação, injúria e coação no inquérito que investiga atos antidemocráticos, sob relatoria de Moraes.
Na semana passada, Leandro Cavalieri, um aliado que se apresentava como seu assessor parlamentar, dirigiu-se até a casa do youtuber Felipe Neto e o ameaçou. Otoni reconheceu ser próximo de Leandro, mas disse que ele nunca foi seu assessor.
Com Mariana Carneiro, Guilherme Seto e Nathalia Garcia
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