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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Pedidos de investigação feitos por André Mendonça contra críticos de Bolsonaro dividem PF

Marcelo Feller reclamou de postura do presidente na pandemia e ministro pediu investigação baseada na lei de segurança nacional

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Antes de o Ministério Público pedir para arquivar inquérito sobre o advogado Marcelo Feller, que criticou a postura de Jair Bolsonaro na pandemia, investigadores da Polícia Federal cumpriram diligências consideradas desnecessárias na visão de delegados experientes.

O ministro André Mendonça (Justiça) pediu apuração com base na Lei de Segurança Nacional. Os críticos afirmam que houve exagero nas ações da PF porque não havia indício de cometimento de crime na declaração de Feller.

Em 2020, na CNN Brasil, o advogado responsabilizou o discurso de Bolsonaro por ao menos 10% das mortes por Covid-19. Ao investigá-lo, a polícia fez a "qualificação" de Feller, descrevendo quem era, seus trabalhos, estudos, o intimou para marcar oitiva e pediu mais prazo para fechar o trabalho.

"Que esse episódio sirva de exemplo para a não instauração de requisições sem fundamento legal, especialmente voltadas a silenciar críticas de jornalistas ao governo de turno. Ou será que precisamos de um tutor (MPF) para dizer que o inquérito é ilegal?", escreveu em um grupo de WhatsApp o delegado Andrei Rodrigues, que chefiou a segurança dos grandes eventos no Brasil.

Há na PF um setor que defende a condução dada ao inquérito. O argumento é que o pedido do ministro tem de ser cumprido por razão técnica. Dizem ainda que só diligências padrão foram feitas para justificar o provável arquivamento futuro pela PF. Essa ala critica o MPF por ter se manifestado pelo arquivamento antes do relatório final da apuração.

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