Dirigentes do MST apontam diferença da crise de popularidade que Jair Bolsonaro atravessa agora em relação a 2020, quando movimentos pela democracia surgiram, como Somos 70%, Basta! e Juntos.
À época, aluns líderes dos grupos criticavam posturas autoritárias do presidente, mas não apoiavam a destituição.
Hoje o cenário mudou, creem, indicando as posições de Luciano Huck e Carlos Ayres Britto como sintomáticas de possível frente ampla.
Na semana passada, o apresentador de TV se engajou na divulgação de panelaço contra Bolsonaro, transmitindo sua participação em uma live nas redes sociais.
Ayres Britto, ex-presidente do STF, por sua vez, disse em entrevista à Folha que Bolsonaro se credenciou para o impeachment ao dar as costas à Constituição.
"Respostas [para a crise sanitária] como 'e daí?' ou 'não sou coveiro' não sinalizam um caminhar na contramão da Constituição?", perguntou.
Na terça-feira (26), o MST e outros grupos realizarão uma plenária de organização dos movimentos sociais. A ideia é mobilizar no dia 1° de fevereiro, dia de votação das presidências da Câmara e do Senado, uma série de protestos contra Bolsonaro.
MST e MTST pretendem propor um trancamento de estradas para esse dia.
O núcleo dos protestos será o impeachment de Bolsonaro, mas também incluirá pautas como a defesa das vacinas, a contraposição à reforma administrativa e a proteção às estatais.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.