Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Bolsonaro corre para tentar agradar policiais após quase derrota para PT em dia de Lula

Ele havia se convencido de que intervir seria sinal negativo para o mercado, mas mudou de ideia ao ouvir fala do petista

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O pronunciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (10) levou Jair Bolsonaro a uma guinada movida por razões eleitorais por causa de 2022.

O discurso do petista foi determinante para obrigar o atual presidente da República a entrar de fato na articulação envolvendo a PEC Emergencial.

Sob pressão e ameaças de policiais, sua principal base eleitoral, teve que negociar um acordo de última hora. Bolsonaro tinha sido convencido por Arthur Lira (PP-AL) que deveria manter o texto, mas Lula mudou tudo.

Presidente Jair Bolsonaro participa de evento no Palácio do Planalto, onde sancionou os projetos de lei que ampliam a aquisição de vacinas - Raul Spinassé-10.mar.2021/Folhapress

Policiais passaram o fim de semana tentando convencer Bolsonaro a retirar a categoria das proibições impostas na proposta, que impedem reajuste salarial, promoção e progressão de carreira. O presidente sinalizou que o texto seria alterado.

Lira, porém, o convenceu de que mudar seria um sinal ruim para o mercado porque faria a PEC voltar ao Senado e retardaria o auxílio emergencial e os ajustes fiscais. Aparentemente, Bolsonaro tinha se convencido da derrota política e buscava formas futuras de contorná-la.

Lula fez o pronunciamento e acenou para policiais. Ao mesmo tempo, Bolsonaro era avisado de que a pressão tinha aumentado e que seria um destaque do PT (de Lula) que garantiria a vitória das forças de segurança. Ou seja, uma derrota para agora e para 2022.

O ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foi para o Congresso, então, conversar com a base e costurar um acordo. Progressão e promoção estão salvos da PEC, por ora, mas o reajuste segue proibido quando acionado o gatilho. Policiais federais continuam irritados e falando em paralisação.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas