Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Indústria farmacêutica divulga manifesto em apoio à Anvisa, que vive pressão após barrar Sputnik V
Associações veem risco de perda de autonomia regulatória e de proteção sanitária com fragilização da agência
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Associações e sindicatos da indústria farmacêutica elaboraram um manifesto em apoio à Anvisa devido à pressão recente que ela tem sofrido após ter rejeitado pedidos de aval à importação da vacina Sputnik V.
Segundo diretores e equipe técnica da Anvisa, a falta de dados mínimos e a identificação de pontos críticos entre aqueles apresentados —como falhas no desenvolvimento que trazem incertezas sobre a segurança da vacina— levaram à não aprovação do imunizante russo.
Dez estados fizeram pedidos de aprovação da importação da Sputnik V: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco, Rondônia.
O manifesto é assinado por Abifina, Abifisa, Abimip, Alanac, Alfob, Grupo FarmaBrasil, Interfarma, PróGenéricos, Sinfar-RJ, Sindusfarma, Sindicis-RS e Sindifargo.
"Os servidores e diretores da agência estão fazendo um esforço excepcional para dar respostas rápidas às demandas baseadas na ciência e nas normas sanitárias e leis que protegem os brasileiros. Sempre analisando de maneira técnica a segurança e eficácia das vacinas, medicamentos e outros insumos utilizados no combate à pandemia", diz o manifesto.
"Não há, portanto, nenhuma justificativa para questionar ou atacar o trabalho técnico e altamente profissional realizado pela Anvisa. O setor farmacêutico brasileiro reafirma seu apoio à Anvisa e alerta para o risco de perdermos autonomia regulatória e proteção sanitária se a agência for fragilizada", continua.
"Quanto mais cedo vacinarmos a população brasileira, mais rápido haverá o controle da pandemia no país e a volta à normalidade. Mas não se podem atropelar etapas essenciais na garantia da qualidade e segurança das vacinas, sob o risco de tornarmos ainda mais grave a situação. A indústria farmacêutica confia no trabalho responsável da Agência e em sua missão institucional neste grave momento de crise da saúde do país", conclui a carta.
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