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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Muita cara de pau, diz Gleisi sobre Moro iniciar campanha por abertura de contas de Lula

Ex-juiz revelou ter recebido R$ 3,7 milhões de consultoria e lançou desafio contra ex-presidente

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A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, diz que Sergio Moro (Podemos) mostra "muita cara-de-pau" ao lançar uma campanha nas redes sociais para que o ex-presidente Lula abra suas contas.

"Moro passou cinco anos quebrando sigilo e vazando ilegalmente todas as contas de Lula, sua família e sua empresa de palestras. Não achou um centavo irregular e isso foi reconhecido em sentença de sua substituta, Gabriela Hardt. É muita cara de pau do ex-juiz, que a cada dia que passa comprova sua parcialidade contra Lula, decretada pelo STF", diz Gleisi.

Moro revelou nesta sexta-feira (28) que recebeu ao menos R$ 3,7 milhões pelos serviços prestados para a consultoria americana Alvarez & Marsal.

A revelação aconteceu durante transmissão ao vivo na internet, ao lado do deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP), seu aliado político. Ao Painel Moro havia também dito que os valores recebidos "não chegavam nem perto" dos milhões que vinham sendo cogitados.

O pré-candidato desafiou seus principais concorrentes na eleição de outubro a divulgarem valores e questões polêmicas, motivos de questionamentos junto à opinião pública.

O ex-juiz pediu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) explique valores que teriam sido recebidos por ele e por seus familiares no esquema da rachadinha.

"E do Lula, vamos levantar o mesmo desafio: vamos abrir as contas lá do sítio de Atibaia, como é que a Odebrecht e a OAS fizeram aquelas reformas, quem pagou. Vamos aí também saber do Lula quanto ele recebeu e como recebeu por aquelas palestras, que é muito mais do que eu recebi", disse.

Os valores recebidos tornaram-se no último mês foco de pressão sobre o pré-candidato e deve dar munição para ataques durante o período de campanha eleitoral. Isso porque a Alvarez & Marsal foi nomeada judicialmente para administrar a recuperação judicial de firmas que foram alvos da Lava Jato —em sentenças assinadas pelo próprio ex-juiz.

O TCU (Tribunal de Contas da União) instaurou procedimento, sob a relatoria do ministro Bruno Dantas, para averiguar suposto conflito de interesse na atuação de Moro. Além disso, parlamentares iniciaram um movimento para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a questão. A iniciativa, no entanto, perdeu força nos últimos dias.

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