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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

PCO apoia Monark e se diz contra banir partido fascista

Legenda de esquerda defende que podcaster é vítima de perseguição por apresentar opinião

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O PCO (Partido da Causa Operária) posicionou-se em apoio ao podcaster Monark, que defendeu o direito de existência de um partido nazista no canal Flow.

Em uma série de publicações nas redes sociais nesta terça-feira (8), a sigla de esquerda disse que Monark, apelido de Bruno Aiub, é uma vítima de perseguição por apresentar sua opinião. Ele foi afastado do canal.

"O clima policialesco de censura e histeria apoiado pela esquerda identitária não liberta nenhuma minoria oprimida. Ele apenas aumenta o poder de repressão do Estado burguês sobre todos", afirma o PCO, acrescentando que ele fez uso "de seu direito à livre expressão".

Monark (dir.) e Igor 3k, do podcast Flow, em entrevista à Folha - Adriano Vizoni-8.nov.2021/Folhapress

O comentário do apresentador foi feito na segunda-feira (7), em entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião ", disse Monark. "Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei". Tabata Amaral rebateu o podcaster.

O PCO argumentou no mesmo sentido que Monark.

"O Estado não deve ter o poder de pôr nenhum partido na ilegalidade. O argumento de tornar o fascismo ilegal abre margem também para criminalizar o comunismo. A luta contra o fascismo não passa pela repressão do Estado burguês, mas contra essa repressão", escreveu a legenda.

Em live nesta terça (8), Rui Costa Pimenta, presidente no PCO, disse concordar com Monark e ser favorável ao direito da legalização de um partido nazista no Brasil. Ele disse que a posição marxista tradicional é a de que o direito de as pessoas se organizarem por suas ideias é universal.

"Acho o nazismo uma abominação, mas se alguém quiser legalizar um partido, que legalize. Tem que ser combatido publicamente, não através de uma legislação estatal", afirmou Pimenta.

"É melhor que as pessoas se expressem, que todos vejam o que elas querem. No Brasil, se tem uma coisa certa é que aquilo que é proibido pelo Estado e é muito malvista pelos cidadãos brasileiros de modo geral vai se popularizar. A proibição só vai fazer com que a coisa cresça", complementou.

O caso repercutiu negativamente e o Flow Podcast perdeu diversos patrocinadores e tem sido alvo de muitas críticas.

Rui Costa Pimenta, presidente do PCO - Adriano Vizoni-15.jan.2021/Folhapress

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