Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Paulinho da Força se incomoda com vaias e diz que PT precisa cuidar melhor de aliados
Líderes da Força Sindical falam em 'arapuca' ao tratar de evento com Lula e Alckmin em São Paulo
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Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, incomodou-se com as vaias que recebeu durante encontro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) com sindicalistas em São Paulo nesta quinta-feira (14).
Ele, que é presidente de honra da Força Sindical, foi alvo de críticas de petistas durante o evento por ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Segundo relato do UOL, um dos presentes chegou a chamá-lo de "traidor".
Paulinho tem dito a membros do Solidariedade e da Força que não está fazendo um favor ao PT, que se trata de uma aliança política e que, se o partido de Lula assim preferir, o Solidariedade pode se afastar do bloco partidário.
Ele afirma que o PT precisa tratar melhor seus aliados e pretende levar as queixas a Gleisi Hoffmann, presidente da legenda.
"Você não pode convidar um aliado para uma festa e transformá-la numa arapuca", diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
PT e Solidariedade têm traçado estratégias eleitorais conjuntas nos últimos meses. O Solidariedade foi uma das siglas consideradas para abrigar Alckmin com a intenção de que seja vice de Lula, por exemplo. A deputada federal Marília Arraes filiou-se ao Solidariedade para, mesmo fora do PT, apoiar a chapa do ex-presidente em outubro.
Membros das principais centrais sindicais participaram do evento, como CUT (ligada ao PT), Força Sindical, UGT, CTB e CSB, entre outras.
No evento, Alckmin fez discurso exaltado em exaltação a Lula. Ele afirmou que a "luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular deste país" e, aos gritos, repetiu: "Lula, Lula, viva Lula, viva os trabalhadores do Brasil."
Em seu discurso, o petista citou as condições dos trabalhadores por aplicativo e a "contrarreforma" trabalhista espanhola, e disse que é preciso adaptar uma nova legislação à realidade atual. "Não queremos voltar para trás."
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