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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Congresso Nacional

Bolsonaro pode perder 'janela de oportunidade' para indicação ao STJ

Senadores lembram que presidente pode ter os nomes dos escolhidos avaliados em momento com menos força política

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Brasília

A ameaça do presidente Jair Bolsonaro (PL) de postergar a nomeação de ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode sair pela culatra.

Senadores que precisarão fazer a sabatina e aprovar o escolhido lembram que é ano eleitoral e que caso Bolsonaro perca a janela de oportunidade dos esforços concentrados de votação, pode acabar tendo o nome dos seu escolhidos avaliados em cenário de derrota nas urnas.

O presidente Jair Bolsonaro em evento em São Paulo. Foto: REUTERS/Carla Carniel - REUTERS

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou esforço concentrado para indicação de autoridades essa semana e há previsão de mais um até o recesso, ainda sem data definida.

É possível que haja outro no segundo semestre, antes das eleições, mas depois que começarem as convenções partidárias, no segundo semestre, a presença de parlamentares em Brasília fica mais difícil. Por isso, esse período é chamado de recesso branco.

Um parlamentar ressalta, ainda, que Bolsonaro está desprezando o fator "Davi Alcolumbre" (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que marca a data da sabatina.

Na indicação do ministro André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador postergou o quanto pôde para marcar a data e chegou a ameaçar, nos bastidores, atrasar o processo até 2023, para que o presidente eleito em outubro reavaliasse o nome.

A depender de como evoluir nas pesquisas ou, até mesmo, se perder a eleição em outubro, Bolsonaro pode não ter força política para ter seu escolhido aprovado. No último Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 54% dos votos válidos, o que daria a vitória ao petista no primeiro turno.

Os ministros do STJ escolheram quatro nomes, enviados a Bolsonaro, para a indicação de dois membros da corte, que ainda terão que ser sabatinados pelo Senado. São eles: Messod Azulay, Ney Bello Filho, Paulo Sérgio Domingues e Fernando Quadros da Silva.

O preferido do Planalto era o desembargador Aluisio Gonçalves, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), mas houve veto a seu nome por ministros fluminenses, e ele não chegou a integrar a lista. Gonçalves era também o preferido do presidente do STF, Luiz Fux.

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