Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Tarcísio faz campanha para deputado que xingou o papa
Ex-ministro se une a Frederico D'Ávila por votos no interior de SP, mas pode desagradar católicos
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Em busca de votos no interior de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem feito campanha ao lado de Frederico D’Ávila (PL), que disputará o cargo de deputado federal.
O ex-ministro gravou vídeos em que pede votos para o deputado estadual e diz que ele é o mais qualificado para representar o agronegócio em Brasília.
"Vamos precisar de um Frederico D'Ávila lá na Câmara dos Deputados. Que representa o nosso agronegócio. O agro que é tão atacado. Querem toda hora dizer que nosso agro é isso, é aquilo", iniciou Tarcísio, em discurso ao lado do parlamentar.
"A gente tem um agro que é sustentável, que é modelo para o mundo todo, e a gente precisa das vozes que na Câmara dos Deputados vão defender o nosso agronegócio. E a melhor voz, a mais qualificada, é a do Frederico. Que de fato representa o agronegócio de SP", completou o ex-ministro.
Em outro vídeo, Tarcísio chama D'Ávila de "nosso deputado federal " e cita o número do candidato, que se intitula "o único candidato do agro apoiado por Tarcísio e Bolsonaro".
No entanto, o aliado pode atrapalhar a relação de Tarcísio com a comunidade católica.
D’Ávila é alvo de processo na Assembleia Legislativa de SP por ter chamado o papa Francisco, um arcebispo de Aparecida e outras autoridades religiosas de vagabundos, pedófilos e safados.
As declarações de D’Ávila ocorreram em outubro do ano passado, motivadas por discurso do arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes.
Antes de visita do presidente Jair Bolsonaro ao local, o arcebispo pregou: "Vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada".
O deputado, então, atacou a conduta de Brandes.
"Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito e do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos, safados. A CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil", disse em discurso.
Dias depois, o bolsonarista pediu desculpas pelo "excesso" no pronunciamento "inflamado por problemas havidos nos dias anteriores".
Outra atitude de repercussão negativa para D'Ávila em seu mandato foi a proposta de ato solene na Assembleia Legislativa de São Paulo em memória de Augusto Pinochet, ditador do Chile entre 1973 e 1990. O deputado chegou a registrar o evento no calendário do Legislativo, mas a homenagem foi barrada.
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