O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, tem se queixado a interlocutores de estar sendo escanteado do núcleo da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Segundo relatos, o ministro não se conforma com o espaço que lhe tem sido dado, diante da dedicação que teve à atual gestão.

Procurado, Ramos afirmou que por ser ministro, a lei eleitoral o impede de estar na linha de frente da campanha.

Os principais articuladores de Bolsonaro são ministros do seu governo: Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Fábio Faria, das Comunicações.

O general diz ainda que mantém contato frequente com Bolsonaro e o acompanha em agendas quando ele está em Brasília, como o encontro com sertanejos nesta segunda-feira (17), além de ter ido ao primeiro debate da Band, no primeiro turno. Acrescenta que a relação entre ambos sempre foi pautada pelo respeito mútuo.

Ramos foi um dos ministros mais próximos de Bolsonaro. Chegou ao governo para substituir o então ministro da Secretaria de Governo, o também general Santos Cruz, e em 2021 foi alçado à principal pasta, a Casa Civil. Passados quatro meses, precisou abrir espaço para o centrão e entregou a pasta a Ciro Nogueira.