Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Partidos preteridos reclamam da articulação política do governo Lula
Com início do mandato, Padilha assumiu as negociações e partidos relatam desencontro com promessas de Gleisi
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Partidos alijados do primeiro escalão do governo reclamam da mudança do canal de interlocução para a distribuição de cargos.
Com o início da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) as negociações foram assumidas pelo ministro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), Alexandre Padilha (PT). Durante a transição, os responsáveis eram a presidente e o vice do PT, Gleisi Hoffmann e José Guimarães.
Segundo relatos, integrantes de partidos como PV, Avante e Solidariedade têm sido confrontados com negativas de Padilha a promessas feitas por Gleisi.
Na segunda-feira (2), por exemplo, o PV soube pela imprensa que a Funasa havia sido extinta. O órgão foi prometido à legenda, que já havia enviado até o currículo do indicado. Ao buscarem esclarecimento sobre o ocorrido, foram informados apenas de que Gleisi havia sido contra.
Integrantes do governo afirmam que a decisão não foi política e constava em dois relatórios da transição como sugestão para melhorar eficiência.
No PV, a reclamação é de que a legenda está sendo tratada como de segunda classe, mesmo entre os aliados menores. O PC do B, que tem a mesma quantidade de deputados, foi agraciado com o Ministério da Ciência e Tecnologia. Já a Rede, que tem apenas dois congressistas, terá o Meio Ambiente e ocupará a liderança do governo no Congresso.
Seus integrantes reclamam, inclusive, que o PT desconsidera que, se não fosse o PV, haveria quatro deputados petistas a menos. Pelas contas feitas por parlamentares da legenda, os votos dados ao PV foram necessários para que a federação alcançasse mais uma vaga em Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
A intenção a partir de agora é que os três partidos passem a negociar juntos, incluindo o Patriota, já que somados possuem 21 deputados. Mas há divergências internas. André Janones (Avante-MG), por exemplo, negocia por fora o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (4), Padilha afirmou que tem feito esforços para manter as negociações de forma a contemplar essas legendas. Segundo disse, é importante para o governo a contribuição desses partidos.
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