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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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PV sem ministério de Lula é errado, feio e burrice, diz dirigente e esposa do presidente do partido

Patricia Penna, mulher de José Penna, afirma que governo Lula perde a chance de ter o charme da sigla

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São Paulo

Patricia Penna, dirigente do diretório paulista do PV e esposa do presidente da sigla, José Luiz Penna, usa os termos "errado, feio e burrice" para classificar a decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de deixar o partido de fora do comando de qualquer um dos 37 ministérios.

"A gente não estar em nenhuma dessas esferas, realmente fico sem entender. Existe alguma coisa contra o PV? Fale agora ou cale-se para sempre. Queria que o PT dissesse isso. Por que o PV não está no primeiro escalão? Temos dirigentes no partido com muita capacidade", afirma Patricia, acrescentando que não se refere ao marido, que, segundo ela, talvez nem tenha vontade de assumir uma pasta atualmente. Ela cita a advogada Vera Motta, secretária de assuntos jurídicos da legenda.

José Luiz Penna e Patricia Penna durante evento no Theatro Municipal de São Paulo
José Luiz Penna e Patricia Penna durante evento no Theatro Municipal de São Paulo - Greg Salibian-12.jun.2017/Folhapress

"É um desprestígio, uma pena. Daria para o governo o apoio de uma sigla com posicionamento orgânico, leal, honesto. Parece que não há interesse em ter um partido nesses moldes ao seu lado. A política está cada vez mais pragmática. Ter aliados apenas para não ser incomodado é muito triste", afirma Patricia, que também foi secretária-adjunta da Cultura em São Paulo durante a gestão Márcio França (2018-2019).

Ela afirma que, com a decisão, o PT perde a chance de ter o que define como charme do PV na Esplanada. "O mundo olha para a questão da sustentabilidade", diz, complementando que esse apelo ganha dimensão internacional por meio da existência de diversos partidos verdes pelo mundo.

Para Patricia, o governo erra ao dar espaço generoso para siglas como PSD, União Brasil e MDB, e não é coerente ao dizer que o PV não tem tamanho no Congresso para ser contemplado.

"Dizem que somos pequenos. Nós teremos seis deputados em 2023, assim como o PCdoB, e eles levaram um ministério", diz, em referência a Luciana Santos, presidente da sigla e futura Ministra de Ciência e Tecnologia.

"Achamos que poderíamos ter um espaço no governo para trabalhar questões culturais, ambientais. Não estamos podendo ajudar com tudo que temos capacidade", acrescenta.

Como mostrou o Painel, o PV discute não aderir à base de Lula no Congresso diante do que tem avaliado como desprestígio. Patricia diz que a chateação e a surpresa são grandes, e que a situação foge do controle dos dirigentes nacionais.

"Tem um partido por trás, com deputados pelo Brasil inteiro. Não sei como vai ficar", diz.

Lideranças do partido ainda têm a expectativa de comandar a Apex (Agência Brasileira de Exportações e Investimentos) ou a Embratur. O ex-governador do Acre e ex-senador Jorge Viana (PT) é o favorito para assumir a primeira.

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