O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão da ONU instalado em Santiago, no Chile, vão criar um centro de formação de políticas públicas para o desenvolvimento da América Latina e do Caribe.

O termo de cooperação técnica será assinado durante a viagem ao Chile de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, que dará uma palestra nesta segunda-feira (4) em evento que celebra os 75 anos da Cepal.

O centro de estudos terá como objetivo realizar atividades (pesquisas acadêmicas, publicação de trabalhos, elaboração de cursos) a respeito de temas para o desenvolvimento das economias brasileira, latino-americanas e do Caribe no século 21.

Entre os temas-chave estão: neoindustrialização e novas políticas para o desenvolvimento produtivo, transição ecológica, transformação digital, integração regional e igualdades (social, de gênero, racial, étnica).

O memorando que será assinado não envolve transferência de recursos e instituirá o grupo misto Cepal-BNDES+70. O modelo de funcionamento da escola (espaço físico ou virtual, localização, entre outros) ainda será definido.

Criada em fevereiro de 1948, a Cepal surgiu para realizar pesquisas e colaborar com o desenvolvimento econômico dos países da América Latina.

Alguns dos principais expoentes do chamado "pensamento cepalino" foram o economista argentino Raúl Prebisch e o sociólogo e ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso (PSDB), referências no debate da teoria da dependência.