Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Cheias do Guaíba podem atravancar concessão de cais em Porto Alegre
Projeto de concessão de R$ 353 milhões vai a leilão um mês após alagamentos
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Faltando 30 dias para o leilão de revitalização do Cais Mauá, antiga zona portuária de Porto Alegre, a região se viu mais uma vez alagada pelas águas do lago Guaíba. O mesmo ocorreu em setembro.
O Governo do RS recebe propostas de revitalização e concessão do espaço até 14 de dezembro. A abertura dos envelopes ocorre na B3, em São Paulo, em 21 de dezembro.
A concessão do Cais Mauá seria uma das vitrines da gestão Eduardo Leite (PSDB), mas o timing por conta das enchentes causa receio de novo insucesso na empreitada. Em 2022, com auxílio do BNDES, foi lançado um edital de concessão, mas não houve interessados.
A nova enchente no Rio Grande do Sul fez com que o Guaíba chegasse a 3,44 metros, o maior índice desde 1941.
A revitalização completa do cais em um trecho de aproximadamente 3 km é a principal parte do projeto de concessão elaborado pelo BNDES que prevê R$ 353 milhões em investimentos.
Em troca, além da exploração dos armazéns por 30 anos, o parceiro ficaria autorizado a construir torres para empreendimentos imobiliários.
Conforme o secretário de Parcerias Estratégicas do RS, Pedro Capeluppi, o projeto é seguro e pode servir como um das soluções para resguardar melhor a capital gaúcha de futuros alagamentos.
A revitalização do Cais Mauá é um dos entraves históricos de Porto Alegre que Leite não conseguiu superar no seu primeiro mandato. Em 2019, o governador rompeu um contrato de revitalização firmado em 2009 e paralisado por falta de recursos.
O governo atribuiu o insucesso do edital de 2022 às incertezas do capital privado em ano eleitoral. Agora, será feita nova tentativa com um projeto reformulado para ficar mais claro sobre os investimentos obrigatórios e os sugeridos pelo poder público.
Neste segundo mandato, o plano de concessões de Leite inclui, além do Cais Mauá, presídios, aeroportos, o transporte de ônibus metropolitano e mais de 100 escolas em municípios com indicadores ruins.
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