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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Proposta de reestruturação do governo enfraquece PF, afirmam entidades

Associações criticam inclusão de novas classes e redução do salário inicial dos servidores de início de carreira

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Brasília

Entidades que representam policiais federais criticam a proposta do governo de reestruturação da PF e afirmam que as medidas, se implementadas, prejudicariam a atratividade da carreira e enfraqueceriam a instituição.

Representantes da Polícia Federal e do Ministério da Gestão se reuniram na tarde desta terça-feira (28) para discutir o tema, mas a solução apresentada pelo governo desagradou as associações.

Em nota conjunta, cinco entidades afirmam que a resposta "desconfigura completamente a minuta apresentada inicialmente pela direção-geral da Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça". Elas criticam também a demora da pasta em apresentar uma contraproposta.

Policiais federais fazem protesto em outubro por reajuste salarial na frente da sede da PF - Pedro Ladeira/Folhapress

Segundo as entidades, a proposta do governo tenta excluir da reestruturação os servidores administrativos e quebra a paridade entre policiais aposentados e da ativa.

Uma das medidas sugeridas pelo Ministério da Gestão foi reduzir o salário inicial de entrada e estender a carreira, incluindo novas classes.

As organizações afirmam que isso diminui a atratividade dos cargos de ingresso dos policiais federais e a competitividade da PF em relação às demais carreiras jurídicas e de Estado, "impossibilitando a atração e manutenção dos melhores profissionais em seus quadros, causando, assim, evidente enfraquecimento da instituição."

Cálculos apresentados pelas entidades indicam que, desde a implementação do subsídio do servidor público, em 2006, a perda salarial da categoria já atingiu quase 50% por causa da inflação acumulada no período.

Assinam a nota a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) e Sinpecpf (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal).

Em nota, o Ministério da Gestão diz que "reabriu a Mesa Permanente de Negociação com os servidores, em que foi feito o primeiro acordo após 7 anos, com 9% de reajuste em 2023, inclusive para policiais."

"A atual proposta do governo para reestruturação faz parte da negociação da Mesa específica de negociação com as polícias e visa a reestruturação das carreiras com ganhos salariais", conclui.

Técnicos da pasta afirmam que a proposta inicial apresentada pelas entidades teria um impacto de R$ 4 bilhões.

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