Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Candidato à presidência da CBF diz que é favorável a voto aberto, mas não na atual eleição
Em gravação, Reinaldo Carneiro Bastos disse que dirigentes que o apoiariam estão sendo chantageados
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Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, disse em reunião com representantes de clubes de futebol na terça-feira (26) que é a favor do voto aberto na eleição para a presidência da CBF, mas não na atual disputa, na qual ele é um dos candidatos.
Desde a saída de Ednaldo Rodrigues, destituído por decisão judicial no começo de dezembro, a briga pela sucessão tem mobilizado dirigentes e políticos. Além de Bastos, destacam-se na disputa Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e Gustavo Feijó, ex-presidente da Federação Alagoana e aliado de Arthur Lira (PP-AL). O pleito deve acontecer em janeiro.
Em gravação obtida pelo Painel, Bastos afirmou que uma suposta pressão sobre seus aliados faz com que ele não defenda o voto às claras na eleição que será realizada em breve.
"A Fifa, em nenhum momento, vai falar para país nenhum qual é a regra do jogo que deve ser feita para ter eleição. Sobre o voto aberto, eu sou a favor. Nesta eleição, não é bom para a gente. Nós temos quatro ou cinco pessoas que estão lá chantageadas. Bahia é um, Espírito Santo, outro, Pará, outro. Que se souberem, que se tiverem que falar publicamente que votam na gente, não vão falar", disse Bastos em reunião com membros da Liga Forte União.
Como mostrou a coluna, Bastos acusou o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), de pressionar e ameaçar dirigentes do estado para que não apoiem sua candidatura. O emedebista estaria agindo para beneficiar Fernando Sarney, que é seu aliado e recebeu endosso de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, para assumir o comando da entidade. Fernando é filho de José Sarney e vice-presidente da CBF.
Na reunião, Bastos disse que Mauricio Ettinger, presidente do Paysandu, e Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense de Futebol, estariam sendo pressionados por Barbalho.
Ele ainda insinuou que Paul teria ouvido ameaça de retaliação à sua família.
"O que ele [Barbalho] fez com o Ricardo [Gluck Paul] na federação do Pará é uma tristeza enorme, de grosseria, não tem mais R$1 para a federação, parece que a esposa dele tem um cargo público interessante, uma profissional competente. Ameaçou e, em resumo, ele não resistiu", disse o cartola, em aparente confusão, pois quem ocupa cargo público relevante sob influência mais direta do governador é, na verdade, a irmã de Ricardo, Ana Carolina Gluck Paul, procuradora-geral adjunta do Pará.
A inscrição de candidatura para a presidência da CBF requer o apoio declarado de pelo menos cinco clubes e pelo menos oito federações estaduais. Bastos tem buscado essas alianças.
Em nota, o governador Helder Barbalho negou "qualquer tipo de participação em conversas ou candidaturas aos cargos da CBF". Bastos não quis se manifestar. A coluna não teve resposta de Gluck Paul e não conseguiu contato com Ettinger.
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