Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant
Aliados de Nunes veem Bolsonaro cada vez mais fraco para cobrar a vice do prefeito
Ex-presidente sugeriu coronel ex-Ceagesp para chapa do emedebista, mas definição só deve sair em julho
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A operação da Polícia Federal que teve como alvo suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência ameaça diminuir o poder de barganha do ex-presidente na indicação do vice na chapa à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), avaliam aliados do prefeito.
O emedebista cortejou Bolsonaro durante boa parte de 2023 e conseguiu, em janeiro, a confirmação de que terá o apoio do ex-presidente, que, como contrapartida, indicou o nome do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo para a vice.
Aliados de Nunes dizem que a definição da vice só acontecerá em julho, após realização de pesquisas com os pretendentes e consulta aos partidos da base do emedebista.
O desgaste progressivo à imagem de Bolsonaro, no entanto, deve fazer com que a indicação do coronel perca força, ainda mais se a investigação da PF desembocar em eventual prisão do ex-presidente nos próximos meses, avaliam membros do núcleo político de Nunes.
Quem pode se beneficiar desse cenário é a chamada ala raiz do PL, composta por parlamentares que estavam na sigla antes da chegada de Bolsonaro. Eles querem a delegada Raquel Gallinati, suplente de deputada estadual do PL, para a vice, como revelou o Painel.
Na avaliação desse grupo, as ações e falas controversas de Mello como comandante da Rota e presidente da Ceagesp fazem com que ele não seja um parceiro de chapa ideal. Como o partido tem preferência pela escolha da vice de Nunes, dado que é o maior da base, Galinatti ganharia força com a saída de cena do coronel Mello.
Nos bastidores, adversários de Nunes calculam que o prefeito deve fazer no curto prazo um movimento de se afastar do PL para tentar minimizar reflexos negativos da operação sobre sua tentativa de reeleição.
Presidente do MDB e coordenador da campanha de Nunes, Baleia Rossi afirma que Nunes deve manter o foco na gestão da cidade, que, em sua avaliação, é o que importa para a população.
"Ninguém trabalha mais do que o Ricardo Nunes. O que para nós é primordial é ele continuar melhorando a gestão e cuidar de quem vive na cidade", complementa.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters