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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Petistas preveem Bolsonaro 'tóxico' na eleição em caso de prisão, mas sem morte do bolsonarismo

Jilmar Tatto diz que ex-presidente viraria figura 'contagiosa'; Reginaldo Lopes avalia que bolsonarismo sobrevive sem ele

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São Paulo e Brasília

Lideranças petistas e de outros partidos de esquerda fazem diferentes leituras a respeito do impacto de uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os candidatos apoiados por ele nas eleições de 2024.

Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal que investiga trama golpista para mantê-lo na Presidência. Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT, projeta ostracismo. "Vai virar uma figura contagiosa, o eleitorado dele vai desidratar, os políticos não vão querer se associar", afirma. Além disso, Tatto diz que eles perderiam um dos principais argumentos de contraposição ao PT, a prisão de Lula (PT).

"Toda a construção política deles foi no Lula preso. Para eles, seria um processo devastador. E acho que, caso aconteça [a prisão], vai beneficiar muito os candidatos de esquerda no país inteiro", afirma o deputado federal.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante posse do argentino Javier Milei - Alejandro Pagni-10.dez.2023/AFP

Para Rogério Correia (PT), pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, o bolsonarismo vai ficar mais acuado e isolado, "mas a polarização vai se manter". Líder do PT na Câmara, o deputado Odair Cunha (PT-MG) diz achar difícil o ex-presidente ser denunciado e julgado antes do período eleitoral. E acrescenta: "prisão em flagrante é o que ele quer".

O deputado federal Reginaldo Lopes (MG), por sua vez, avalia que Bolsonaro "não tem como não ser preso". Por outro lado, ele diz acreditar que "o bolsonarismo sobrevive sem o Bolsonaro", ainda que "um pouco mais fraco".

O deputado estadual Antonio Donato (SP), coordenador da pré-campanha de Guilherme Boulos (PSOL), afirma que um dos efeitos seria a pressão sobre o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para que se posicionasse em relação ao ex-presidente.

"Caso mantenha o mutismo atual, pode levar à existência de uma candidatura bolsonarista que faça a defesa de Bolsonaro", avalia.

Colega de partido de Boulos, a deputada federal Sâmia Bomfim (SP) diz que uma eventual prisão do ex-presidente constrangeria candidatos "de extrema direita ou mesmo os políticos tradicionais que hoje contam com o apoio dele."

"É um cabo eleitoral não presente e um nome indesejado de ser associado. Tem impacto nas eleições", complementa.

Deputado federal Jilmar Tatto (SP), secretário nacional de comunicação do PT, durante lançamento de livro no Conjunto Nacional - Mathilde Missioneiro-15.dez.2023/Folhapress

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